Página 30 - Caminho a Cristo

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Caminho a Cristo
de ver a justiça feita]! Em tudo destes prova de estardes inocentes
neste assunto”.
2 Coríntios 7:11
.
Quando o pecado amortece as percepções morais, o transgressor
não discerne os defeitos do seu caráter, nem percebe a enormidade
do mal cometido. A menos que aceite o poder persuasivo do Es-
pírito Santo, ele permanece parcialmente cego em relação ao seu
pecado. Suas confissões não são sinceras nem verdadeiras. A cada
culpa reconhecida, acrescenta um pedido de desculpas pelo que fez,
declarando que, não fosse pelas circunstâncias, não teria praticado
esse ou aquele ato pelo qual está sendo reprovado.
Depois que Adão e Eva comeram o fruto proibido, ficaram en-
vergonhados e aterrorizados. Seu primeiro pensamento foi sobre
como desculpar seu pecado para poder escapar da temida sentença
de morte. Quando o Senhor perguntou sobre o pecado, Adão colocou
a culpa parcialmente em Deus e parcialmente em sua companheira:
“A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu
comi.” A mulher colocou a culpa na serpente, dizendo: “A serpente
me enganou, e eu comi”.
Gênesis 3:12, 13
. Por que o Senhor fez
a serpente? Por que permitiu que ela entrasse no Jardim do Éden?
Eram perguntas que apresentavam desculpas para o seu pecado,
colocando em Deus a responsabilidade pela queda deles. O espírito
de autojustificação surgiu com o pai da mentira e tem sido exibido
por todos os filhos e filhas de Adão. Confissões dessa espécie não
são inspiradas pelo Espírito divino e não serão aceitas por Deus. O
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verdadeiro arrependimento leva as pessoas a assumir sua culpa e
reconhecê-la sem justificativas nem hipocrisia. Como o pobre publi-
cano, que sequer erguia o olhar para o Céu, elas clamarão: “Ó Deus,
sê propício a mim, pecador.” Os que reconhecerem sua culpa serão
justificados, pois Jesus apresenta Seu sangue em favor da pessoa
arrependida.
Os exemplos de arrependimento genuíno encontrados na Palavra
de Deus revelam um espírito de confissão no qual não há desculpa
para o pecado nem tentativas de autojustificação. Paulo não ficou na
defensiva; ele pintava seu pecado com as cores mais escuras, sem
tentar minimizar sua culpa. Ele disse: “Encerrei muitos dos santos
nas prisões; e contra esses dava o meu voto, quando os matavam.
Muitas vezes, os castiguei por todas as sinagogas, obrigando-os até
a blasfemar. E, demasiadamente enfurecido contra eles, mesmo por