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O Desejado de Todas as Nações
Como os homens servem primeiro o vinho melhor, e depois o
inferior, assim faz o mundo com seus dons. O que ele oferece pode
agradar aos olhos e fascinar os sentido, mas se demonstra incapaz de
satisfazer. O vinho se transforma em amargura, o espírito folgazão
em tristeza. Aquilo que começara com cânticos e alegria, termina
em fadiga e desgosto. Os dons de Cristo, porém, são sempre novos
e sãos. A bênção que provêm não deixa nunca de proporcionar
satisfação e alegria. Cada nova dádiva aumenta a capacidade do que
a recebe para apreciar e fruir as maravilhas do Senhor. Ele dá por
graça. Não pode haver falta na provisão. Se permaneceis nEle, o fato
de receberdes hoje um rico dom, garante a recepção amanhã, de um
mais precioso ainda. As palavras de Cristo a Natanael exprimem a
lei do trato de Deus com os filhos da fé. Com cada nova revelação
de Seu amor, declara Ele ao coração que a recebe: “Crês? coisas
maiores do que estas verás”.
João 1:50
.
O dom de Cristo à festa nupcial, era um símbolo. A água repre-
senta o batismo em Sua morte; o vinho, o derramamento de Seu
sangue pelos pecados do mundo. A água para encher as talhas foi
levada por mãos humanas, mas unicamente a palavra de Cristo podia
comunicar-lhe a virtude doadora de vida. O mesmo quanto aos ritos
que indicam a morte do Salvador. Unicamente pelo poder de Cristo,
operando pela fé, é que têm eficácia para nutrir a espiritualidade.
A palavra de Cristo forneceu ampla provisão para a festa. Da
mesma maneira abundante é a provisão de Sua graça para apagar as
iniqüidades dos homens, e renovar e suster a alma.
Na primeira festa a que assistiu com os discípulos, Jesus lhes deu
o cálice que simbolizava Sua obra pela salvação deles. Na última
ceia, tornou a dá-lo, na instituição do sagrado rito pelo qual Sua
morte deve ser anunciada “até que venha”.
1 Coríntios 11:26
. E
a tristeza dos discípulos ao separar-se de seu Senhor, foi confor-
tada com a promessa da reunião, pois Ele disse: “Desde agora, não
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beberei deste fruto da vide até aquele dia em que o beba de novo
convosco no reino de Meu Pai”.
Mateus 26:29
.
O vinho provido por Cristo para a festa, e o que Ele deu aos
discípulos como símbolo de Seu próprio sangue, era o puro suco
de uva. A esse se refere o profeta Isaías quando fala do novo vinho
“num cacho”, e diz: “Não o desperdices, pois há bênção nele”.
Isaías
65:8
.