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O Desejado de Todas as Nações
pureza que dEle emanava lhe condenasse o pecado, não proferia
palavra alguma de acusação, mas falara de Sua graça, que lhe podia
renovar a mente. Nela se começou a formar a convicção acerca
de Seu caráter. Surgiu-lhe no espírito a indagação: “Não poderia
Este ser o tão longamente esperado Messias?” Disse-Lhe: “Eu sei
que o Messias (que Se chama o Cristo) vem; quando Ele vier, nos
anunciará tudo”. Jesus respondeu: “Eu o sou, Eu que falo contigo”.
João 4:25, 26
.
Ao ouvir a mulher estas palavras, a fé brotou-lhe no coração.
Aceitou a maravilhosa comunicação dos lábios do divino Mestre.
Essa mulher encontrava-se em disposição de espírito capaz de
apreciar. Estava pronta para receber a mais excelente revelação, pois
interessava-se nas Escrituras, e o Espírito Santo lhe estivera prepa-
rando a mente para a recepção de maior luz. Estudara a promessa do
Antigo Testamento: “O Senhor teu Deus te despertará um profeta do
meio de ti, e de teus irmãos, como eu; a Ele ouvireis”.
Deuteronô-
mio 18:15
. Anelava compreender esta profecia. A luz já lhe estava
brilhando no espírito. A água da vida, a vida espiritual que Cristo dá
a toda alma sedenta, começara a brotar-lhe no coração. O Espírito
do Senhor trabalhava nela.
A positiva declaração de Cristo a essa mulher, não podia ter sido
feita aos fariseus, cheios de justiça própria. Era muito mais reservado
quando falava com eles. Aquilo que fora retido aos judeus, e que os
discípulos haviam recebido recomendação de guardar em segredo,
foi a ela revelado. Jesus viu que ela empregaria seu conhecimento
em levar outros a partilhar de Sua graça.
Ao voltarem os discípulos de seu mandado, ficaram surpreen-
didos de encontrar o Mestre falando com a mulher. Não tomara o
refrigerante gole que desejara, nem Se deteve para comer o alimento
trazido pelos discípulos. Havendo-se retirado a mulher, insistiram
em que comesse. Viram-nO silencioso, absorto, como em meditação.
O semblante irradiava-Lhe, e temeram interromper Sua comunhão
com o Céu. Sabiam, no entanto, que estava desfalecido e fatigado, e
julgaram seu dever lembrar-Lhe Sua necessidade física. Jesus lhes
reconheceu o amorável interesse, e disse: “Uma comida tenho para
comer, que vós não conheceis”.
João 4:32
.
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Os discípulos cogitaram quem Lhe poderia ter trazido alimento;
Ele porém, explicou: “A Minha comida é fazer a vontade dAquele