Página 153 - O Desejado de Todas as Na

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Junto ao poço de Jacó
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que Me enviou, e realizar a Sua obra”.
João 4:34
. Como Suas pa-
lavras à mulher lhe houvessem despertado a consciência, Jesus
regozijou-Se. Viu-a bebendo a água da vida, e Sua própria fome
e sede foram mitigadas. O cumprimento da missão para cujo de-
sempenho deixara o Céu, fortalecia o Salvador para Seus labores,
sobrepondo-O às necessidades humanas. Ministrar a uma alma fa-
minta e sedenta da verdade era-Lhe mais grato que comer ou beber.
Constituía um conforto, um refrigério para Ele. A beneficência era a
vida de Sua alma.
Nosso Redentor tem sede de reconhecimento. Tem fome da
simpatia e do amor daqueles que comprou com Seu próprio sangue.
Anela com inexprimível desejo que venham a Ele e tenham vida.
Como a mãe espreita o sorriso de reconhecimento de seu filhinho, o
qual lhe revela o alvorecer da inteligência, assim está Cristo atento à
expressão de grato amor que revela haver começado a vida espiritual
naquele ser.
A mulher enchera-se de alegria ao escutar as palavras de Cristo.
A maravilhosa revelação fora quase demasiado forte para ela. Dei-
xando o cântaro, voltou à cidade, para levar a outros a mensagem.
Jesus sabia porque ela se fora. O cântaro esquecido revelava eloqüen-
temente o efeito de Suas palavras. O veemente desejo de seu coração
era obter a água da vida; e olvidou seu objetivo em ir ao poço, es-
quecendo a sede do Salvador, que se propusera satisfazer. Coração
transbordante de alegria, apressou-se em ir comunicar a outros a
preciosa luz que recebera.
“Vinde e vede um Homem que me disse tudo quanto tenho
feito”, disse ela aos homens da cidade. “Porventura, não é este o
Cristo?”
João 4:29
. Suas palavras tocaram o coração deles. Havia
em sua fisionomia expressão nova, uma transformação em todo o
seu aspecto. Despertou-se-lhes o interesse em ver a Jesus. “Saíram
pois da cidade, e foram ter com Ele”.
João 4:29, 30
.
Jesus, ainda sentado à borda do poço, pôs-Se a olhar para os
campos de trigo que se estendiam diante dEle, seu delicado verdor
banhado pelos dourados raios do Sol. Chamando a atenção dos
discípulos para a cena, serviu-Se dela como de um símbolo: “Não
dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que
Eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão
brancas para a ceifa.” E olhava, enquanto assim dizia, aos grupos