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O Desejado de Todas as Nações
um ano.
Números 14:34
;
Ezequiel 4:6
. As setenta semanas, ou qua-
trocentos e noventa dias, representam quatrocentos e noventa anos.
É dado um ponto de partida para esse período: “Sabe e entende:
desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até
ao Messias, o Príncipe, sete semanas, e sessenta e duas semanas”
(
Daniel 9:25
), sessenta e nove semanas, ou quatrocentos e oitenta e
três anos. A ordem para restaurar e edificar Jerusalém, confirmada
pelo decreto de Artaxerxes Longímano (
Esdras 6:14
;
7:1
), entrou em
vigor no outono de 457 a.C. Daí, quatrocentos e oitenta e três anos
estendem-se ao outono de 27 d.C. Segundo predição dos profetas,
esse período devia chegar ao Messias, o Ungido. No ano 27, Jesus
recebeu, em Seu batismo, a unção do Espírito Santo, e pouco depois
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começou Seu ministério. Foi então proclamada a mensagem: “O
tempo está cumprido.”
Então, disse o anjo: “Ele firmará um concerto com muitos por
uma semana [sete anos].” Durante sete anos depois de começar o
Salvador Seu ministério, o evangelho devia ser pregado especial-
mente aos judeus; três anos e meio, pelo próprio Cristo, e depois,
pelos apóstolos. “Na metade da semana fará cessar o sacrifício e a
oferta de manjares”.
Daniel 9:27
. Na primavera de 31 d.C., Cristo,
o verdadeiro sacrifício, foi oferecido no Calvário. Então o véu do
templo se rasgou em dois, mostrando que a santidade e significação
do serviço sacrifical desapareceram. Chegara o tempo de cessar o
sacrifício terrestre e a oblação.
A semana — sete anos — terminou em 34 d.C. Então, pelo
apedrejamento de Estêvão, os judeus selaram afinal sua rejeição do
evangelho; os discípulos espalhados pela perseguição “iam por toda
parte, anunciando a Palavra” (
Atos dos Apóstolos 8:4
), e pouco de-
pois, Saulo, o perseguidor, se converteu e tornou-se Paulo, o apóstolo
dos gentios.
O tempo da vinda de Cristo, Sua unção pelo Espírito Santo, Sua
morte, e a pregação do evangelho aos gentios, foram definidamente
indicados. O povo judeu teve o privilégio de compreender essas
profecias e reconhecer seu cumprimento na missão de Jesus. Cristo
insistia com Seus discípulos quanto à importância do estudo profé-
tico. Referindo-Se à profecia dada a Daniel acerca do tempo deles,
disse: “Quem lê, entenda”.
Mateus 24:15
. Depois de Sua ressurrei-
ção, explicou aos discípulos, começando por “todos os profetas”, “o