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Capítulo 24 — “Não é este o filho do carpinteiro?”
Este capítulo é baseado em
Lucas 4:16-30
.
Por sobre os luminosos dias do ministério de Cristo na Galiléia,
paira uma sombra. O povo de Nazaré O rejeitou. “Não é Este o filho
de José?”
Lucas 4:22
.
Durante a infância e a juventude, Jesus adorara entre Seus irmãos,
na sinagoga de Nazaré. Desde o início de Seu ministério, estivera
ausente deles, mas não ignoravam o que Lhe acontecia. Ao aparecer
novamente em seu meio, o interesse e expectação deles subiu ao
mais alto grau. Ali estavam as figuras e fisionomias familiares, que
conhecera na infância. Ali estava Sua mãe, Seus irmãos, e todos os
olhos se voltaram para Ele quando entrou na sinagoga, no sábado,
tomando lugar entre os adoradores.
No culto regular diário, o ancião lia dos profetas, e exortava o
povo a esperar ainda por Aquele que havia de vir, o qual introduziria
um glorioso reino e baniria toda a opressão. Ele buscava animar
os ouvintes pela repetição dos testemunhos de que o advento do
Messias estava próximo. Descrevia a glória de Sua vinda, salientando
sempre o pensamento de que apareceria à testa de exércitos para
libertar Israel.
Quando um rabi se achava presente na sinagoga, esperava-se
que dirigisse o sermão, e qualquer israelita podia fazer a leitura dos
profetas. Nesse sábado, Jesus foi convidado a tomar parte no serviço.
“Levantou-Se para ler, e foi-lhe dado o livro do profeta Isaías”.
Lucas
4:16, 17
. O texto lido por Ele era interpretado como se referindo ao
Messias: “O Espírito do Senhor é sobre Mim, pois que Me ungiu
para evangelizar os pobres, enviou-Me a curar os quebrantados de
coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos; a
pôr em liberdade os oprimidos; a anunciar o ano aceitável do Senhor.
E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-Se; e
os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nEle. [...] E todos Lhe
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