Página 23 - O Desejado de Todas as Na

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Capítulo 3 — “A plenitude dos tempos”
Vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho [...] para
remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção
de filhos”.
Gálatas 4:4, 5
.
A vinda do Salvador foi predita no Éden. Quando Adão e Eva
ouviram pela primeira vez a promessa, aguardavam-lhe o pronto
cumprimento. Saudaram alegremente seu primogênito, na esperança
de que fosse o Libertador. Mas o cumprimento da promessa demo-
rava. Aqueles que primeiro a receberam, morreram sem o ver. Desde
os dias de Enoque, a promessa foi repetida por meio de patriarcas
e profetas, mantendo viva a esperança de Seu aparecimento, e to-
davia Ele não vinha. A profecia de Daniel revelou o tempo de Seu
advento, mas nem todos interpretavam corretamente a mensagem.
Século após século se passou; cessaram as vozes dos profetas. A
mão do opressor era pesada sobre Israel, e muitos estavam dispos-
tos a exclamar: “Prolongar-se-ão os dias, e perecerá toda a visão”.
Ezequiel 12:22
.
Mas, como as estrelas no vasto circuito de sua indicada órbita,
os desígnios de Deus não conhecem adiantamento nem tardança.
Mediante os símbolos da grande escuridão e do forno fumegante,
Deus revelara a Abraão a servidão de Israel no Egito, e declarara
que o tempo de sua peregrinação seria de quatrocentos anos. “Sairão
depois com grandes riquezas”.
Gênesis 15:14
. Contra essa palavra,
todo o poder do orgulhoso império de Faraó batalhou em vão. “Na-
quele mesmo dia”, indicado na promessa divina, “todos os exércitos
do Senhor saíram da terra do Egito”.
Êxodo 12:41
. Assim, nos divi-
nos conselhos fora determinada a hora da vinda de Cristo. Quando
o grande relógio do tempo indicou aquela hora, Jesus nasceu em
Belém.
“Vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho.” A Pro-
vidência havia dirigido os movimentos das nações, e a onda do
impulso e influência humanos, até que o mundo se achasse maduro
para a vinda do Libertador. As nações estavam unidas sob o mesmo
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