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Capítulo 31 — O sermão da montanha
Este capítulo é baseado em
Mateus 5-7
.
Raramente reunia Cristo os discípulos a sós com Ele, para Lhe
receberem a palavra. Não escolhia para auditório apenas os que
conheciam o caminho da vida. Era Sua obra pôr-Se em contato com
as multidões que se achavam em ignorância e erro. Dava as lições
da verdade segundo estas podiam atingir os obscurecidos entendi-
mentos. Ele próprio era a Verdade, lombos cingidos e mãos sempre
estendidas para abençoar, buscando, com palavras de advertência,
súplica e animação, erguer a todos quantos iam ter com Ele.
O sermão da montanha, conquanto dirigido especialmente para
os discípulos, foi proferido aos ouvidos da multidão. Após a orde-
nação dos apóstolos, Jesus foi com eles para a praia do mar. Ali,
de manhã cedo, começara o povo a se reunir. Além das costumadas
multidões das cidades da Galiléia, havia gente da Judéia e da própria
Jerusalém; da Peréia, de Decápolis, da Iduméia, para o sul da Judéia;
e de Tiro, e Sidom, as cidades fenícias da costa do Mediterrâneo.
“Ouvindo quão grandes coisas fazia” (
Marcos 3:8
), “tinham vindo
para O ouvir, e serem curados das suas enfermidades. [...] Porque
saía dEle virtude, e curava a todos”.
Lucas 6:17-19
.
A estreita praia não oferecia espaço ao alcance de Sua voz para
todos quantos O desejavam ouvir, e Jesus os conduziu de volta à
encosta da montanha. Chegando a um espaço plano, que propor-
cionava aprazível lugar de reunião para vasto auditório, sentou-Se
Ele próprio na relva, e os discípulos e a multidão seguiram-Lhe o
exemplo.
O lugar dos discípulos era sempre próximo a Jesus. O povo
comprimia-se constantemente em torno dEle, mas os discípulos en-
tendiam que seu lugar junto do Mestre não devia ser tomado pela
multidão. Sentaram-se-Lhe bem próximo, de modo a não perder ne-
nhuma palavra de Suas instruções. Eram ouvintes atentos, ansiosos
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