Página 269 - O Desejado de Todas as Na

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O centurião
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em que era digno de que lhe concedesse isto, porque, diziam: “ama
a nossa nação, e ele mesmo nos edificou a sinagoga”.
Lucas 7:5
.
Jesus partiu imediatamente para a casa do oficial; mas, pre-
mido pela multidão, avançava devagar. As novas de Sua vinda O
precederam, e o centurião, em sua desconfiança dos próprios méri-
tos, enviou-Lhe a mensagem: “Senhor, não Te incomodes, porque
não sou digno de que entres debaixo do meu telhado”.
Lucas 7:6
.
Mas o Salvador continuou andando, e o centurião, ousando afinal
aproximar-se dEle, completou a mensagem, dizendo: “Nem ainda
me julguei digno de ir ter contigo; dize, porém, uma palavra, e o meu
criado sarará. Porque eu também sou homem sujeito à autoridade,
e tenho soldados sob o meu poder, e digo a este: Vai; e ele vai; e
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a outro: Vem; e ele vem; e ao meu servo: Faze isto; e ele o faz”.
Lucas 7:7, 8
. Como eu represento o poder de Roma, e meus soldados
reconhecem minha autoridade como suprema, assim Tu represen-
tas o poder do infinito Deus, e todas as coisas criadas obedecem à
Tua palavra. Podes ordenar à doença que saia, e ela Te obedecerá.
Podes chamar Teus mensageiros celestiais, e comunicarão virtude
vivificadora. Fala tão-somente uma palavra, e o meu criado sarará.
“E, ouvindo isto Jesus, maravilhou-Se dele, e, voltando-Se, disse
à multidão que O seguia: Digo-vos que nem ainda em Israel tenho
achado tanta fé”.
Lucas 7:9
. E ao centurião, disse: “Vai, e como
creste te seja feito. E naquela mesma hora o seu criado sarou”.
Mateus 8:13
.
Os anciãos judeus que haviam recomendado o centurião a Cristo,
tinham mostrado quão longe estavam de possuir o espírito do evan-
gelho. Não reconheciam que nossa grande necessidade é nosso único
título à misericórdia divina. Em sua justiça própria, louvaram o cen-
turião por causa do favor que manifestara para com “nossa nação”.
Mas o centurião disse de si mesmo: “Não sou digno.” Seu coração
fora tocado pela graça de Cristo. Viu a própria indignidade; não
temia, no entanto, pedir auxílio. Não confiava na própria bondade;
o argumento que apresentava era sua grande necessidade. Sua fé
apegou-se a Cristo em Seu verdadeiro caráter. Não cria nEle ape-
nas como operador de milagres, mas como o amigo e salvador da
humanidade.
É assim que todo pecador, se deve aproximar de Cristo. “Não
pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a Sua