Página 301 - O Desejado de Todas as Na

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Os primeiros evangelistas
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Chamando os doze para junto de Si, Jesus ordenou-lhes que
fossem dois a dois pelas cidades e aldeias. Nenhum foi mandado so-
zinho, mas irmão em companhia de irmão, amigo ao lado de amigo.
Assim se poderiam auxiliar e animar mutuamente, aconselhando-se
entre si, e orando um com o outro, a força de um suprindo a fraqueza
do outro. Da mesma maneira enviou Ele posteriormente os setenta.
Era o desígnio do Salvador que os mensageiros do evangelho assim
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se associassem. Teria muito mais êxito a obra evangélica em nossos
dias, fosse esse exemplo mais estritamente seguido.
A mensagem dos discípulos era a mesma de João Batista e do
próprio Cristo: “É chegado o reino de Deus.” Não deviam entrar
com o povo em discussão quanto a ser ou não ser Jesus de Nazaré
o Messias; mas deviam fazer, em Seu nome, as mesmas obras de
misericórdia que Ele realizara. Ele lhes ordenou: “curai os enfermos,
limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios: de
graça recebestes, de graça dai.”
Durante Seu ministério, Jesus empregou mais tempo em curar os
doentes, do que em pregar. Seus milagres testificavam a veracidade
de Suas palavras, de que não viera destruir, mas salvar. Sua justiça ia
adiante dEle, e a glória do Senhor servia-Lhe de retaguarda. Aonde
quer que fosse, precedia-O a fama de Sua misericórdia. Por onde
havia passado, regozijavam-se na saúde os que tinham sido objeto
de Sua compaixão, e experimentavam as forças recém-adquiridas.
Multidões se lhes apinhavam em torno para ouvir de seus lábios
as obras que o Senhor realizara. Sua voz foi o primeiro som que
muitos ouviram, Seu nome a primeira palavra que proferiram, Seu
rosto o primeiro que contemplaram. Por que não amariam a Jesus,
proclamando-Lhe o louvor? Ao passar Ele pelas cidades e aldeias,
era como uma corrente vital, difundindo vida e alegria por onde quer
que fosse.
Os seguidores de Cristo devem trabalhar como Ele o fez.
Cumpre-nos alimentar os famintos, vestir os nus e confortar os doen-
tes e aflitos. Devemos ajudar aos que estão em desespero, e inspirar
esperança aos desanimados. E a nós também se cumprirá a pro-
messa: “A tua justiça irá adiante da tua face, e a glória do Senhor
será a tua retaguarda”.
Isaías 58:8
. O amor de Cristo, manifestado
em abnegado serviço pelos outros, será mais eficaz em reformar os
malfeitores, do que a espada ou os tribunais de justiça. Estes são