Página 357 - O Desejado de Todas as Na

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O verdadeiro sinal
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Cristo se achavam em risco de alimentar. Os que se haviam contado
como seguidores de Jesus, mas não tinham deixado tudo a fim de
se tornar Seus discípulos, eram em grande parte influenciados pelos
raciocínios dos fariseus. Achavam-se muitas vezes vacilantes entre
a fé e a incredulidade, e não discerniam os tesouros de sabedoria
ocultos em Cristo. Os próprios discípulos, conquanto exteriormente
a tudo houvessem renunciado por amor de Jesus, não tinham, no
coração, deixado de buscar grandes coisas para si mesmos. Era esse
espírito que motivara a discussão de quem seria o maior. Era isso
que se interpunha entre eles e Cristo, fazendo-os tão apáticos para
com Sua missão de sacrifício, tão tardios em compreender o mistério
da redenção. Como o fermento, se deixado a completar sua obra,
produzirá corrupção e ruína, assim o espírito de egoísmo, sendo
nutrido, causará completa ruína.
Entre os seguidores de nosso Senhor em nossos dias, como ou-
trora, quão disseminado se acha esse pecado sutil e enganador!
Quantas vezes nosso serviço a Cristo, nossa comunhão uns com os
outros, não são manchados pelo oculto desejo de exaltar o próprio
eu! Quão pronto o pensamento de se congratular consigo mesmo,
e o anelo da aprovação humana! É o amor do próprio eu, o desejo
de um caminho mais fácil do que o que nos é designado por Deus,
que leva à substituição dos divinos preceitos por teorias e tradições
humanas. Aos Seus próprios discípulos, dirige-se a advertência de
Cristo: “Adverti e acautelai-vos do fermento dos fariseus”.
Mateus
16:6
.
A religião de Cristo é a própria sinceridade. Zelo pela glória de
Deus, eis o motivo implantado pelo Espírito Santo; e unicamente
a eficaz operação do Espírito pode implantar esse motivo. O poder
de Deus, somente, pode expulsar o egoísmo e a hipocrisia. Essa
mudança é o sinal de Sua operação. Quando a fé que aceitamos
destrói o egoísmo e o fingimento, quando nos leva a buscar a glória
de Deus e não a nossa, podemos saber que é da devida espécie. “Pai,
glorifica o Teu nome” (
João 12:28
), era a nota tônica da vida de
Cristo e, se O seguirmos, essa será a nota predominante em nossa
vida. Ele nos manda “andar como Ele andou”; e “nisto sabemos que
O conhecemos: se guardarmos os Seus mandamentos”.
1 João 2:6,
3
.
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