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O Desejado de Todas as Nações
— outorgado unicamente a mais outro dos filhos de Adão — de não
passar sob o poder da morte.
Sobre o Pisga, quinze séculos atrás, estivera Moisés em con-
templação da terra da promessa. Mas, por causa de seu pecado em
Meribá, não lhe fora dado ali entrar. Não devia ter a alegria de intro-
duzir as hostes de Israel na herança de seus pais. Foi-lhe recusada
sua angustiosa súplica: “Rogo-Te que me deixes passar, para que
veja esta boa terra que está dalém do Jordão; esta boa montanha e
o Líbano!”
Deuteronômio 3:25
. Deve-lhe ser negada a esperança
que por quarenta anos aclarara as sombras das vagueações do de-
serto. Uma sepultura nesse deserto, eis o objetivo daqueles anos
de labuta e opressivo cuidado. Mas Aquele “que é poderoso para
fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos
ou pensamos” (
Efésios 3:20
), assim atendera à súplica de Seu servo.
Moisés passou sob o domínio da morte, mas não devia permanecer
na sepultura. O próprio Cristo o chamou à vida. Satanás, o tentador,
reclamara o corpo de Moisés por causa de seu pecado; mas Cristo, o
Salvador o tirara da tumba.
Judas 9
.
Moisés, sobre o monte da transfiguração, era um testemunho
da vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. Representava os que
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sairão do sepulcro na ressurreição dos justos. Elias, que fora trasla-
dado ao Céu sem ver a morte, representava os que se hão de achar
vivos na Terra por ocasião da segunda vinda de Cristo, e que serão
“transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a
última trombeta”; quando “isto que é mortal se revestir da imorta-
lidade” e “isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade”.
1 Coríntios 15:51-53
. Jesus estava revestido da luz do Céu, como
há de aparecer quando vier a “segunda vez, sem pecado [...] para
salvação”.
Hebreus 9:28
. Pois virá “na glória de Seu Pai, com os
santos anjos”.
Marcos 8:38
. Cumpriu-se então a promessa do Salva-
dor aos discípulos. Sobre o monte, foi representado em miniatura o
futuro reino da glória — Cristo, o Rei, Moisés como representante
dos santos ressuscitados, e Elias dos trasladados.
Os discípulos ainda não compreendem a cena; mas regozijam-se
de que o paciente Mestre, o Manso e Humilde, que tem vagueado
para cá e para lá como desamparado peregrino, seja honrado pelos
favorecidos do Céu. Crêem que Elias veio para anunciar o reino do
Messias, e que o domínio de Cristo está prestes a se estabelecer na