Página 393 - O Desejado de Todas as Na

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Na festa dos tabernáculos
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sacerdote junto de cada uma. A ânfora de água era despejada numa,
e uma de vinho, noutra; e o conteúdo de ambas corria por um tubo
que ia dar no Cedrom e ter ao Mar Morto. Essa apresentação de água
consagrada representava a fonte que, ao mando de Deus, brotara da
rocha para saciar a sede dos filhos de Israel. Então, irrompiam os
jubilosos acentos: “Eis que o Senhor Jeová é a minha força e o meu
cântico”; “com alegria tirareis águas das fontes da salvação”.
Isaías
12:2, 3
.
Quando os filhos de José faziam seus preparativos para assistir
à festa dos tabernáculos, viram que Cristo não dava nenhum passo
que Lhe indicasse a intenção de a ela assistir. Observavam-nO com
ansiedade. Desde a cura de Betesda, Ele não concorrera mais às
reuniões nacionais. Para evitar inúteis conflitos com os chefes em
Jerusalém, restringira Seus labores à Galiléia. Seu aparente desprezo
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das grandes assembléias religiosas e a inimizade para com Ele ma-
nifestada pelos sacerdotes e rabis, eram causa de perplexidade para
os que O rodeavam, mesmo os próprios discípulos e parentes. Acen-
tuara em Seus ensinos as bênçãos da obediência à lei de Deus e, não
obstante, parecia Ele próprio ser indiferente ao serviço divinamente
estabelecido. O misturar-Se com publicanos e outros de má reputa-
ção, Seu menosprezo pelas observâncias dos rabis e a liberdade com
que punha de lado as exigências tradicionais quanto ao sábado, tudo
parecendo colocá-Lo em antagonismo com as autoridades religiosas,
despertava muita indagação. Seus irmãos pensavam ser um erro de
Sua parte alienar de Si os grandes e doutos da nação. Achavam que
esses homens deviam ter razão, e que era erro de Jesus colocar-
Se em oposição aos mesmos. Tinham, porém, testemunhado Sua
vida irrepreensível e, conquanto não se classificassem entre Seus
discípulos, haviam sido profundamente impressionados por Suas
obras. A popularidade dEle na Galiléia aprazia-lhes às ambições;
ainda esperavam que desse um testemunho de poder que levasse os
fariseus a ver que era o que pretendia ser. Que seria se Ele fosse o
Messias, o Príncipe de Israel! Nutriam esse pensamento com grande
satisfação.
Tão ansiosos estavam a esse respeito, que insistiram com Cristo
em que fosse a Jerusalém. “Sai daqui”, disseram, “e vai para a
Judéia, para que também os Teus discípulos vejam as obras que fazes.
Porque não há ninguém que procure ser conhecido que faça alguma