Página 457 - O Desejado de Todas as Na

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“Uma coisa te falta”
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Doador. Cristo oferecera ao jovem a convivência com Ele. “Segue-
Me”, disse. Mas o Salvador não era tanto para ele como seu próprio
nome entre os homens, ou os bens que possuía. Renunciar ao tesouro
terrestre, que era visível, pelo celestial, que não podia ver, era arriscar
demasiado. Recusou o oferecimento da vida eterna, e foi embora,
e haveria o mundo, daí em diante, de receber sempre o seu culto.
Milhares estão passando por essa prova, pesando Cristo contra o
mundo; e muitos são os que escolhem o mundo. Como o jovem
príncipe, retiram-se do Salvador, dizendo em seu coração: Não quero
que esse homem seja meu guia.
O trato de Cristo para com o jovem é apresentado como lição
objetiva. Deus nos deu a regra de conduta que cada um de Seus
servos deve seguir. É obediência a Sua lei, não somente a obediência
formal, mas a que penetra na vida e se demonstra no caráter. Deus
estabeleceu Sua norma de caráter para todos os que se quiserem tor-
nar súditos de Seu reino. Unicamente os que se tornarem coobreiros
de Cristo, só os que disserem: Senhor, tudo quanto possuo e sou, Te
pertence, serão reconhecidos como filhos e filhas de Deus. Todos
devem considerar o que significa desejar o Céu, e todavia voltar as
costas em face das condições estabelecidas. Pensai no que significa
dizer “Não” a Cristo. O príncipe disse: Não, não Te posso dar tudo.
Diremos o mesmo? O Salvador Se oferece para participar conosco
na obra que Deus nos deu a fazer. Propõe servir-Se dos meios que
Deus nos deu, para levar avante Sua obra no mundo. Unicamente
por essa maneira nos pode Ele salvar.
Os bens do príncipe lhe foram confiados para que se demons-
trasse um fiel mordomo; devia servir-se desses bens para benefício
dos necessitados. Assim hoje Deus confia haveres aos homens, ta-
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lentos e oportunidades, a fim de que sejam instrumentos Seus no
ajudar os pobres e sofredores. Aquele que emprega os dons que lhe
foram confiados segundo os desígnios divinos, torna-se coobreiro
do Salvador. Conquista almas para Cristo, porque é representante de
Seu caráter.
Para os que, como o jovem príncipe, ocupam altas posições de
confiança e têm grandes riquezas, talvez se afigure demasiado grande
o sacrifício de abandonar tudo a fim de seguir a Cristo. Mas esta
é a regra de conduta para todos quantos quiserem tornar-se Seus
discípulos. Coisa alguma menos que obediência pode ser aceita. A