Um povo condenado
509
sam os preciosos raios da luz que haviam de iluminar as trevas, os
mistérios da Palavra de Deus permanecerão para sempre mistérios.
Deles é oculta a verdade. Caminham cegamente, e ignoram a ruína
que se acha perante eles.
Do alto do Olivete, Cristo contemplou o mundo em todos os
séculos, e Suas palavras são aplicáveis a toda a alma que desdenha
as súplicas da divina misericórdia. Desdenhador de Seu amor, Ele
hoje Se dirige a ti. És tu, tu mesmo que deves conhecer as coisas
que pertencem à tua paz. Cristo está vertendo amargas lágrimas por
[411]
ti, que não tens lágrimas para verter por ti mesmo. Já se manifesta
em ti aquela fatal dureza de coração que destruiu os fariseus. E
toda prova da graça divina, todo raio de divina luz, ou está abran-
dando e subjugando a alma, ou confirmando-a em sua desesperada
impenitência.
Cristo previu que Jerusalém permaneceria endurecida e impeni-
tente; entretanto, toda a culpa, todas as conseqüências da rejeitada
misericórdia, jaziam-lhe à própria porta. Assim se dará com toda
alma que segue a mesma orientação. O Senhor declara: “A tua perdi-
ção, ó Israel, toda vem de ti”.
Oséias 13:9
. “Ouve tu, ó Terra! Eis que
Eu trarei mal sobre este povo, o próprio fruto dos seus pensamentos;
porque não estão atentos às Minhas palavras, e rejeitam a Minha
lei”.
Jeremias 6:10
.
[412]