Página 52 - O Desejado de Todas as Na

Basic HTML Version

48
O Desejado de Todas as Nações
voltando em Seu humilde labor. Não empregava o poder divino de
que dispunha para aliviar os próprios fardos ou diminuir o trabalho.
À medida que Jesus trabalhava na infância e na juventude, mente
e físico se Lhe desenvolviam. Não empregava descuidadamente as
forças físicas, mas de maneira a conservá-las sãs, a fim de fazer
o melhor trabalho possível em todos os sentidos. Não queria ser
deficiente, nem mesmo no manejo dos instrumentos de trabalho.
Era perfeito como operário, da mesma maneira que o era no caráter.
Pelo exemplo, ensinou que nos cumpre ser produtivos, que nosso
trabalho deve ser executado com exatidão e esmero, tornando-se
assim honroso. O exercício que ensina as mãos a serem úteis, e
educa os jovens em fazer sua parte quanto às responsabilidades da
vida, comunica robustez física, e desenvolve todas as faculdades.
Todos devem procurar fazer alguma coisa que lhes seja útil, ou
de auxílio a outros. Deus designou o trabalho como uma bênção,
e somente o trabalhador diligente encontra a verdadeira glória e
alegria da vida. A aprovação de Deus repousa com amável confiança
sobre as crianças e jovens que desempenham alegremente sua parte
nos deveres da família, partilhando as responsabilidades do pai e da
mãe. Tais filhos sairão de casa para ser úteis membros da sociedade.
Através de Sua existência terrestre, Jesus foi um ativo e constante
trabalhador. Esperava muito resultado; muito empreendia, portanto.
Depois de iniciar o ministério, disse: “Convém que Eu faça as obras
dAquele que Me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando nin-
guém pode trabalhar”.
João 9:4
. Jesus não Se esquivava a cuidados
e responsabilidades, como fazem muitos que professam ser Seus
seguidores. É porque procuram furtar-se a essa disciplina que tantos
são fracos e ineficientes. Podem possuir preciosos e amáveis traços,
mas são sem fibra e quase inúteis quando há dificuldade a enfrentar
e obstáculos a transpor. A positividade e energia, a solidez e resis-
tência de caráter manifestadas em Cristo, tem de se desenvolver em
[43]
nós, mediante a mesma disciplina que Ele suportou. E caber-nos-á a
mesma graça por Ele recebida.
Enquanto viveu entre os homens, nosso Salvador participou da
sorte dos pobres. Conhecia por experiência seus cuidados e aspe-
rezas, e podia confortar e animar a todos os humildes obreiros. Os
que possuem verdadeira concepção dos ensinos de Sua vida, não