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O Desejado de Todas as Nações
suas moedas, tem feito delas fonte de grandes resultados. Assim
quanto a todo dom oferecido e todo ato realizado com sincero desejo
de promover a glória de Deus. Liga-se aos desígnios do Onipotente.
Seus resultados para o bem não podem ser calculados por homem
algum.
[434]
O Salvador continuou Suas acusações aos escribas e fariseus:
“Ai de vós, condutores cegos! pois que dizeis: qualquer que jurar
pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo,
esse é devedor. Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro, ou
o templo, que santifica o ouro? E aquele que jurar pelo altar, isso
nada é; mas aquele que jurar pela oferta que está sobre o altar,
esse é devedor. Insensatos e cegos! Pois qual é maior: a oferta, ou
o altar, que santifica a oferta?”
Mateus 23:16-19
. Os sacerdotes
interpretavam as reivindicações divinas segundo sua própria norma
falsa e estreita. Presumiam fazer justas diferenças quanto à relativa
culpa de vários pecados, passando levemente por alto alguns, e
tratando outros, talvez de menos conseqüência, como imperdoáveis.
Por considerações monetárias desculpavam pessoas de seus votos.
E por grandes somas de dinheiro passavam por alto graves crimes.
Ao mesmo tempo esses sacerdotes e príncipes, em outros casos,
proferiam severo juízo por ofensas triviais.
“Ai de vós escribas e fariseus hipócritas! pois que dizimais a
hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei,
o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e
não omitir aquelas”.
Mateus 23:23
. Nessas palavras Cristo torna a
condenar o abuso das obrigações sagradas. Não põe de lado a própria
obrigação. O sistema do dízimo foi ordenado por Deus, e havia sido
observado desde os primitivos tempos. Abraão, o pai dos fiéis, deu
dízimo de tudo quanto possuía. Os príncipes judaicos reconheciam
a obrigação de dizimar, e isso era justo; mas não deixavam o povo
manter suas próprias convicções do dever. Estabeleciam-se regras
arbitrárias para todos os casos. As exigências se haviam tornado tão
complicadas, que era impossível cumpri-las. Ninguém sabia quando
havia satisfeito suas obrigações. Segundo fora dado por Deus, o
sistema era justo e razoável; mas os sacerdotes e rabis o tinham
transformado em carga enfadonha.
Tudo quanto Deus ordena, é de importância. Cristo reconhecia
como dever o dar o dízimo; mas mostrou que isso não podia descul-