Página 549 - O Desejado de Todas as Na

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No pátio
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templo os sacerdotes e principais, e havia de tomar posse do trono de
Davi, dominando como rei de Israel. Os gregos anelavam conhecer
a verdade quanto a Sua missão. “Queríamos ver a Jesus”, disseram
eles. Seu desejo foi satisfeito. Ao receber a petição, achava-Se Jesus
naquela parte interna do templo da qual eram excluídos todos os que
não fossem judeus, mas saiu ao pátio para receber os gregos, e teve
com eles uma entrevista em pessoa.
Chegara a hora da glorificação de Cristo. Ele Se achava à sombra
da cruz, e o pedido dos gregos mostrou-Lhe que o sacrifício que
estava para fazer traria muitos filhos e filhas a Deus. Sabia que os
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gregos O haviam de ver em breve numa posição que mal sonhavam
agora. Vê-Lo-iam colocado ao lado de Barrabás, ladrão e assas-
sino, cuja liberdade seria preferida à do Filho de Deus. Ouviriam o
povo, inspirado pelos sacerdotes e principais, fazer sua escolha. E à
pergunta: “Que farei então de Jesus, chamado Cristo?” a resposta
dada: “Seja crucificado”.
Mateus 27:22
. Jesus sabia que, fazendo
essa propiciação pelos pecados dos homens, Seu reino seria aperfei-
çoado, e se estenderia pelo mundo. Ele operaria como Restaurador,
e Seu Espírito havia de prevalecer. Olhou, por um momento, futuro
adiante, e ouviu as vozes que proclamavam em toda parte da Terra:
“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”.
João 1:29
.
Viu nesses estrangeiros as primícias de uma grande colheita, quando
a parede divisória entre judeus e gentios fosse derribada, e todas
as nações, línguas e povos ouvissem a mensagem de salvação. A
antecipação desse fato, a consumação de Suas esperanças, acham-se
expressas nas palavras: “É chegada a hora em que o Filho do homem
há de ser glorificado.” O caminho pelo qual essa glorificação se havia
de operar, porém, não estava nunca ausente do espírito de Cristo. A
reunião dos gentios devia seguir Sua morte próxima. Unicamente
por Sua morte podia o mundo ser salvo. Como um grão de trigo, o
Filho do homem devia ser deitado no solo e morrer, e ser enterrado
fora das vistas; mas havia de viver outra vez.
Cristo apresentou Seu futuro, ilustrando-o com coisas da na-
tureza, para que os discípulos compreendessem. O verdadeiro re-
sultado de Sua missão havia de ser atingido por Sua morte. “Na
verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra,
não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto”.
João 12:24
.
Quando o grão de trigo cai no solo e morre, germina, e dá fruto.