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O Desejado de Todas as Nações
próprio, igual a Deus, fez o papel de servo para com Seus discípulos.
Enquanto eles contendiam pela mais alta posição, Aquele diante de
quem todo joelho se dobrará, a quem os anjos da glória reputam
uma honra servir, curvou-Se para lavar os pés daqueles que Lhe
chamavam Senhor. Lavou os pés de Seu traidor.
Em Sua vida e ensinos, Cristo deu um perfeito exemplo do ab-
negado ministério que tem sua origem em Deus. Deus não vive para
Si. Criando o mundo, mantendo todas as coisas, Ele está constante-
mente ministrando em benefício de outros. “Faz que o Seu Sol se
levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos”.
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Mateus 5:45
. Esse ideal de ministério confiou Deus a Seu Filho. A
Jesus foi dado pôr-Se como cabeça da humanidade, para que por
Seu exemplo pudesse ensinar o que significa servir. Toda a Sua vida
esteve sob a lei do serviço. Serviu a todos, a todos ajudou. Assim
viveu Ele a lei de Deus, e por Seu exemplo mostrou como podemos
obedecer à mesma.
Repetidamente procurara Jesus estabelecer este princípio entre
os discípulos. Quando Tiago e João pediram para ser postos em
destaque, disse: “Todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande
seja vosso serviçal”.
Mateus 20:26
. Em Meu reino não tem lugar
o princípio de preferência ou supremacia. A grandeza única é a
grandeza da humildade. A única distinção baseia-se na dedicação ao
serviço dos outros.
Depois, havendo lavado os pés aos discípulos, Ele disse: “Eu
vos dei o exemplo, para que como Eu vos fiz, façais vós também”.
João 13:15
. Nestas palavras Cristo não somente estava ordenando a
prática da hospitalidade. Queria significar mais do que a lavagem
dos pés dos hóspedes para tirar-lhes o pó dos caminhos. Cristo estava
aí instituindo um culto. Pelo ato de nosso Senhor, esta cerimônia
humilhante tornou-se uma ordenança consagrada. Devia ser obser-
vada pelos discípulos, a fim de poderem conservar sempre em mente
Suas lições de humildade e serviço.
Essa ordenança é o preparo designado por Cristo para o serviço
sacramental. Enquanto o orgulho, desinteligência e luta por superi-
oridade forem nutridos, o coração não pode entrar em associação
com Cristo. Não estamos preparados para receber a comunhão de
Seu corpo e de Seu sangue. Por isso Jesus indicou que se observasse
primeiramente a comemoração de Sua humilhação.