Página 585 - O Desejado de Todas as Na

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“Em memória de mim”
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devem-Lhe ouvir as palavras: “Deixo-vos a paz, a Minha paz vos
dou: não vo-la dou como o mundo a dá”.
João 14:27
.
Nosso Senhor diz: Sob a convicção do pecado, lembrai-vos de
que morri por vós. Quando opressos, perseguidos e aflitos, por Minha
causa e a do evangelho, lembrai-vos de Meu amor, tão grande que
por vós dei a Minha vida. Quando vossos deveres vos parecem duros
e severos, e demasiado pesados os vossos encargos, lembrai-vos
de que por amor de vós suportei a cruz, desprezando a vergonha.
Quando vosso coração recua ante a dolorosa prova, lembrai-vos de
que vosso Redentor vive para interceder por vós.
A santa ceia aponta à segunda vinda de Cristo. Foi destinada a
conservar viva essa esperança na mente dos discípulos. Sempre que
se reuniam para comemorar Sua morte, contavam como Ele, “to-
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mando o cálice, e dando graças, deu-lhes, dizendo: Bebei dele todos;
porque isto é o Meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é
derramado por muitos, para remissão dos pecados. E digo-vos que,
desde agora, não beberei deste fruto da vide até aquele dia em que
o beba de novo convosco no reino de Meu Pai”.
Mateus 26:27-29
.
Nas tribulações, encontravam conforto na esperança da volta de seu
Senhor. Indizivelmente precioso era para eles o pensamento: “Todas
as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a
morte do Senhor, até que venha”.
1 Coríntios 11:26
.
Essas são as coisas que nunca devemos esquecer. O amor de
Jesus com Seu subjugante poder, deve ser mantido vivo em nossa
memória. Cristo instituiu este serviço para que ele nos falasse aos
sentidos acerca do amor de Deus, expresso em nosso favor. Não
pode haver união entre nossa alma e Deus, senão por meio de Cristo.
A união e o amor entre irmão e irmão devem ser cimentados e feitos
eternos pelo amor de Jesus. E nada menos que a morte de Cristo
podia tornar eficaz o Seu amor por nós. É unicamente por causa de
Sua morte, que podemos esperar com alegria Sua segunda vinda.
Seu sacrifício é o centro de nossa esperança. Nele nos cumpre fixar
a nossa fé.
As ordenanças que indicam a humilhação e sofrimento de nosso
Senhor, são demasiado consideradas como uma forma. Foram, po-
rém, instituídas para um fim. Nossos sentidos precisam ser vivifica-
dos para se apoderarem do mistério da piedade. É o privilégio de
todos compreender, muito mais do que fazemos, os sofrimentos ex-