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O Desejado de Todas as Nações
de feras. A multidão precipitou-se para Jesus, bradando: É culpado,
seja morto! Não fossem os soldados romanos, e Jesus não teria
vivido para ser pregado na cruz do Calvário. Teria sido despedaçado
perante os juízes, não houvesse a autoridade romana interferido,
restringindo, pela força das armas, a violência da turba.
Pagãos indignaram-se ante o brutal tratamento infligido a uma
pessoa contra quem coisa alguma fora provada. Os oficiais romanos
declararam que os judeus, sentenciando a Jesus, estavam infringindo
o poder romano, e que era mesmo contra a lei judaica condenar um
homem sobre seu próprio testemunho. Essa intervenção produziu
momentâneo amainar nos acontecimentos; mas os guias judeus
estavam mortos tanto para a piedade como para a vergonha.
Os sacerdotes e os principais esqueceram a dignidade de seu
cargo, e maltrataram o Filho de Deus com vis epítetos. Escarnece-
ram dEle por causa de Sua filiação. Declararam que Sua presunção
em Se proclamar o Messias, tornava-O merecedor da mais igno-
miniosa morte. Os mais dissolutos homens empenharam-se em
infames maus-tratos contra o Salvador. Foi-Lhe jogado à cabeça
um pano velho, e Seus perseguidores batiam-Lhe no rosto, dizendo:
“Profetiza-nos, Cristo, quem é o que Te bateu?”
Lucas 22:64
. Ao ser
tirado o pano, um pobre infeliz cuspiu-Lhe no rosto.
Os anjos de Deus registraram fielmente todo insultuoso olhar,
palavra e ato contra seu bem-amado Comandante. Um dia, os ho-
mens vis que zombaram de Cristo e Lhe cuspiram no pálido e sereno
rosto, hão de vê-Lo em Sua glória, resplandecendo mais brilhante
que o Sol.
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