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Capítulo 80 — No sepulcro de José
Jesus descansou, afinal. Findara o longo dia de vergonha e tor-
tura. Ao introduzirem os últimos raios do sol poente o dia do sábado,
o Filho de Deus estava em repouso, no sepulcro de José. Concluída
Sua obra, as mãos cruzadas em paz, descansava durante as sagradas
horas do sábado.
No princípio, o Pai e o Filho repousaram no sábado após Sua obra
de criação. Quando “os céus, e a Terra e todo o seu exército foram
acabados” (
Gênesis 2:1
), o Criador e todos os seres celestiais se
regozijaram na contemplação da gloriosa cena. “As estrelas da alva
juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam”.
Jó 38:7
. Agora Jesus descansava da obra de redenção; e se bem que
houvesse dor entre os que O amavam na Terra, reinou contudo alegria
no Céu. Gloriosa era aos olhos dos seres celestiais a perspectiva
do futuro. Uma criação restaurada, a raça redimida que, havendo
vencido o pecado, nunca mais poderia cair — eis o resultado visto
por Deus e os anjos, da obra consumada por Cristo. Com esta cena
se acha para sempre ligado o dia em que Jesus descansou. Pois Sua
“obra é perfeita” (
Deuteronômio 32:4
); e “tudo quanto Deus faz
durará eternamente”.
Eclesiastes 3:14
. Quando se der a “restauração
de todas as coisas, as quais Deus falou por boca dos Seus santos
profetas, desde o princípio do mundo” (
Atos dos Apóstolos 3:21
,
Trad. Figueiredo), o sábado da criação, o dia em que Jesus esteve
em repouso no sepulcro de José, será ainda um dia de descanso
e regozijo. O Céu e a Terra se unirão em louvor, quando, “desde
um sábado até ao outro” (
Isaías 66:23
), as nações dos salvos se
inclinarem em jubiloso culto a Deus e o Cordeiro.
Nos acontecimentos finais do dia da crucifixão, foi dada nova
prova de cumprimento da profecia, e novo testemunho da divindade
de Cristo. Quando a treva se erguera de sobre a cruz, e o Salvador
soltara Seu brado agonizante, ouviu-se imediatamente outra voz,
dizendo: “Verdadeiramente este era o Filho de Deus”.
Lucas 23:47
.
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