Página 719 - O Desejado de Todas as Na

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Mais uma vez à beira-mar
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estenderás as tuas mãos; e outro te cingirá, e te levará para onde tu
não queiras. E disse isto significando com que morte havia ele de
glorificar a Deus”.
João 21:18, 19
.
Assim deu Jesus a conhecer a Pedro a própria maneira de sua
morte; predisse mesmo o estender de suas mãos sobre a cruz. Outra
vez disse ao discípulo: “Segue-Me.” Pedro não ficou desanimado
pela revelação. Estava pronto a sofrer qualquer espécie de morte por
seu Senhor.
Até então Pedro conhecera a Cristo segundo a carne, como mui-
tos O conhecem hoje; mas não mais deveria estar assim limitado.
Não O conhecia como antes, em sua convivência com Ele na hu-
manidade. Amara-O como homem, como mestre enviado pelo Céu;
amava-O agora como Deus. Estivera a aprender a lição de que para
ele Cristo era tudo em todos. Agora estava preparado para partilhar
da missão de seu Senhor, missão de sacrifício. Quando, afinal, o
levaram à cruz, foi, por solicitação sua, crucificado de cabeça para
baixo. Julgava demasiada honra sofrer pela mesma maneira que seu
Mestre.
Para Pedro, as palavras “Segue-Me”, foram cheias de ensino.
Não somente para sua morte, mas para cada passo de sua vida, era
dada essa lição. Até então, Pedro fora inclinado a agir independente-
mente. Tinha procurado fazer projetos para a obra de Deus, em lugar
de esperar para seguir o plano divino. Nada poderia ele lucrar, no
entanto, por antecipar-se ao Senhor. Jesus ordenara-lhe: “Segue-Me.”
Não corras adiante de Mim. Então não terás de enfrentar sozinho as
hostes de Satanás. Deixa-Me ir na tua frente, e não serás vencido
pelo inimigo.
Enquanto Pedro caminhava ao lado de Jesus, viu que João os
seguia. Apoderou-se dele o desejo de conhecer o futuro daquele,
e “disse a Jesus: Senhor, e deste que será? Disse-lhe Jesus: Se Eu
quero que ele fique até que Eu venha, que te importa a ti? Segue-Me
tu”.
João 21:20, 22
. Pedro devia ter considerado que seu Senhor
lhe revelaria tudo quanto lhe fosse melhor conhecer. É dever de
cada um seguir a Cristo, sem indevida ansiedade quanto ao trabalho
designado a outros. Ao dizer a respeito de João: “Se Eu quero que
ele fique até que Eu venha”, Cristo não afirmou de maneira alguma
que esse discípulo havia de viver até à segunda vinda do Senhor.
Afirmou simplesmente Seu supremo poder, e que mesmo que Ele