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História e profecia
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“E reduzi-la-ei a possessão de corujas e a lagoas de águas, e
varrê-la-ei com vassoura de perdição, diz o Senhor dos Exércitos.”
Jeremias 51:13
;
Isaías 13:19
;
14:23
.
A cada nação que tem subido ao cenário da atividade, tem sido
[177]
permitido que ocupasse seu lugar na Terra, para que se pudesse ver
se ela cumpriria o propósito “do Vigia e Santo”. A profecia delineou
o levantamento e queda dos grandes impérios mundiais —Babilônia,
Média-Pérsia, Grécia e Roma. Com cada um destes, assim como
com nações de menos poder, tem-se repetido a história. Cada qual
teve seu período de prova, e cada qual fracassou; esmaeceu sua
glória, passou-se-lhe o poder e o lugar foi ocupado por outra nação.
Conquanto as nações rejeitassem os princípios de Deus, e com
esta rejeição operassem a sua própria ruína, todavia era manifesto
que o predominante propósito divino estava agindo através de todos
os seus movimentos.
Esta lição é ensinada por meio de uma maravilhosa represen-
tação simbólica exibida ao profeta Ezequiel durante o seu exílio
na terra dos caldeus. A visão foi dada em uma ocasião em que
Ezequiel estava sobrecarregado de tristes lembranças e presságios
perturbadores. Achava-se desolada a terra de seus pais. Jerusalém
encontrava-se despovoada. O próprio profeta era estrangeiro em uma
terra em que a ambição e a crueldade reinavam supremas. Como
de todos os lados encontrasse tiranias e delitos, angustiou-se-lhe a
alma, e chorava dia e noite. Os símbolos que lhe foram apresentados
revelavam, porém, um poder superior ao dos governantes terrestres.
Nas margens do rio Quebar, contemplou Ezequiel um redemoi-
nho que parecia vir do norte, e “uma grande nuvem, com um fogo
a revolver-se; e um resplendor ao redor dela, e no meio uma coisa
como da cor de âmbar”. Algumas rodas, cruzando-se entre si, eram
movidas por quatro criaturas viventes. No alto, acima de tudo, estava
“uma semelhança de trono, como duma safira; e sobre a semelhança
do trono havia como que a semelhança de um homem, no alto sobre
ele”. “E apareceu nos querubins uma semelhança de mão de homem
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debaixo das suas asas.”
Ezequiel 1:4, 26
;
10:8
. As rodas eram tão
complicadas em seu arranjo que à primeira vista pareciam estar em
confusão: mas moviam-se em perfeita harmonia. Seres celestiais,
sustidos e guiados pela mão que estava sob as asas dos querubins,
impeliam aquelas rodas; acima delas, sobre o trono de safira, es-