Página 163 - Educa

Basic HTML Version

Estudo de fisiologia
159
Às crianças devem ser ensinados, já em pequeninas, os rudimen-
tos de fisiologia e higiene, por meio de lições simples e fáceis. E este
trabalho deve ser iniciado pela mãe em casa, e fielmente continuado
na escola. À medida em que os alunos avançam em idade, deve-se
continuar a instrução neste sentido, até que estejam habilitados a
cuidar da casa em que vivem. Devem compreender a importância
de se prevenirem contra as moléstias pela preservação do vigor de
cada órgão, e importa que sejam instruídos na maneira de tratar as
moléstias e acidentes comuns. Toda escola deve ministrar instrução
tanto em fisiologia como em higiene, e tanto quanto possível ser
provida de facilidades para ilustrar a estrutura, o uso e cuidado do
corpo.
Há assuntos usualmente não incluídos no estudo da fisiologia
que deveriam ser considerados, assuntos de muito mais valor para o
estudante do que são muitas minúcias técnicas geralmente ensinadas
nesta matéria. Como princípio fundamental de toda a educação neste
assunto, deve-se ensinar à juventude que as leis da Natureza são
as leis de Deus, verdadeiramente tão divinas como os preceitos do
Decálogo. As leis que governam o nosso organismo físico, Deus as
escreveu sobre cada nervo, músculo ou fibra do corpo. Cada violação
[197]
descuidada ou negligente destas leis constitui um pecado contra o
nosso Criador.
Quão necessário é, pois, transmitir um completo conhecimento
destas leis! Os princípios de saúde no que se aplicam ao regime
alimentar, exercício, cuidado das crianças, tratamento dos doentes, e
muitas outras coisas semelhantes, devem receber muito mais atenção
do que comumente se lhes dá.
Cumpre que se dê ênfase à influência do espírito sobre o corpo,
como à deste sobre aquele. A energia elétrica do cérebro, suscitada
pela atividade mental, vivifica o organismo todo, e assim é de inesti-
mável auxílio na resistência à moléstia. Isto deve ficar esclarecido.
A força de vontade e a importância do domínio próprio, tanto na
preservação como na reaquisição da saúde; o efeito deprimente e
mesmo ruinoso da ira, descontentamento, egoísmo, impureza; e de
outro lado, o maravilhoso poder vivificante que se encontra em um
bom ânimo, altruísmo, gratidão — também devem ser apresentados.
Há nas Escrituras uma verdade fisiológica, verdade esta que
precisamos considerar: “O coração alegre serve de bom remédio.”