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O trabalho vitalício
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espera que o hissopo atinja as proporções do cedro, ou a oliveira a
altura da majestosa palmeira. Mas cada qual deve ter o objetivo de
atingir tão alto quanto a união do poder humano com o divino lhe
torne possível.
Muitos não se tornam aquilo que poderiam ser, pois não em-
pregam o poder que neles está. Não lançam mão da força divina,
como poderiam fazer. Muitos se desviam da linha em que pode-
riam alcançar o mais verdadeiro êxito. À procura de maior honra,
ou de um trabalho mais agradável, tentam algo para que não são
talhados. Nutrem a ambição de entrar para alguma profissão, muitos
homens cujos talentos são adaptados a alguma outra vocação; e os
que poderiam ter sido bem-sucedidos como fazendeiros, artífices,
enfermeiros, ocupam impropriamente os cargos de pastores, advo-
gados ou médicos. Outros há também que poderiam ocupar uma
posição de responsabilidade, mas que por falta de energia, diligência
e perseverança, se contentam com um cargo mais fácil.
Precisamos seguir mais de perto o plano de Deus relativo à
vida. Fazer o melhor que pudermos no trabalho que se acha mais
perto, entregar nossos caminhos a Deus, e observar as indicações de
Sua providência — eis as regras que asseguram orientação certa na
escolha de uma ocupação.
Aquele que do Céu veio para ser nosso exemplo, despendeu
quase trinta anos de Sua vida no trabalho comum e mecânico; du-
rante esse tempo, porém, Ele esteve a estudar a Palavra e as obras
de Deus, a prestar auxílios e ensinar a todos os que Sua influência
podia atingir. Ao iniciar-se o Seu ministério público, saiu Ele a curar
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os doentes, consolar os tristes, pregar o evangelho aos pobres. Esta
é a obra de todos os Seus seguidores.
“O maior entre vós”, disse Ele, “seja como o menor; e quem
governa como quem serve. Pois ... entre vós sou como aquele que
serve.”
Lucas 22:26, 27
.
O amor e lealdade para com Cristo são a fonte de todo verdadeiro
serviço. No coração tocado por Seu amor, ter-se-á gerado o desejo
de trabalhar por Ele. Que este desejo seja acoroçoado e bem dirigido.
Quer no lar, quer na vizinhança ou na escola, a presença dos pobres,
aflitos, ignorantes ou infelizes, deve ser considerada não como uma
desgraça, senão como uma preciosa oportunidade para o serviço que
se nos oferece.