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Educação
Assim preparado saiu para Sua missão, exercendo no Seu con-
tato com os homens, a cada momento, benéfica influência e poder
transformador, como jamais havia testemunhado o mundo.
Aquele que procura transformar a humanidade deve compreender
ele próprio a humanidade. Unicamente pela simpatia, fé e amor
podem os homens ser atingidos e enobrecidos. Neste ponto Cristo
Se revela o Mestre por excelência; de todos os que viveram sobre a
Terra, somente Ele tem perfeita compreensão da alma humana.
“Não temos um sumo sacerdote” — máximo mestre, pois os
sacerdotes eram mestres — “não temos um sumo sacerdote que não
possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como
nós, em tudo foi tentado.”
Hebreus 4:15
.
“Naquilo que Ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer
aos que são tentados.”
Hebreus 2:18
.
Cristo somente teve experiência de todas as tristezas e tentações
que recaem sobre os seres humanos. Jamais outro nascido de mulher
foi tão terrivelmente assediado pela tentação; jamais outro suportou
fardo tão pesado dos pecados e das dores do mundo. Nunca houve
outro cujas simpatias fossem tão amplas e ternas. Como participante
em todas as experiências da humanidade, Ele poderia não somente
condoer-Se dos que se acham sobrecarregados, tentados e em lutas,
mas partilhar-lhes os sofrimentos.
Em conformidade com o que Ele ensinava, vivia. “Eu vos dei
o exemplo, disse Ele a Seus discípulos, para que, como Eu vos fiz,
façais vós também.” “Eu tenho guardado os mandamentos de Meu
Pai.”
João 13:15
;
15:10
. Assim, em Sua vida, as palavras de Cristo
tiveram perfeita ilustração e apoio. E mais do que isto: Ele era
aquilo que ensinava. Suas palavras eram a expressão não somente
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da experiência de Sua própria vida, mas de Seu próprio caráter. Não
somente ensinava Ele a verdade, mas era a verdade. Era isto que Lhe
dava poder aos ensinos.
Cristo reprovava com fidelidade. Jamais viveu alguém que odi-
asse tanto o mal; ou alguém que o condenasse tão destemidamente.
A todas as coisas falsas e vis, Sua própria presença era uma reprova-
ção. À luz de Sua pureza os homens se viam impuros, e medíocres e
falsos os objetivos de sua vida. Não obstante, Ele os atraía. Aquele
que criara o homem, compreendia o valor da humanidade. Con-
denava o mal como o inimigo daqueles que procurava abençoar e