Página 481 - Evangelismo (2007)

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Lidar com a falsa ciência, e com os falsos cultos, ismos e sociedades secretas
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amigos do mundo nos impedirá de exprimir nossa gratidão para com
Deus ou reconhecer nossa dependência dEle. ...
Os anjos de Deus guardarão Seu povo enquanto andarem na
vereda do dever; mas não há nenhuma segurança dessa proteção
para os que deliberadamente se aventuram no terreno de Satanás.
Um instrumento do grande enganador dirá e fará seja o que for a fim
de conseguir seu desígnio. Pouco importa se ele se chama espírita,
“eletromédico” ou “curador magnético”. Por meio de especiosas
pretensões, granjeia a confiança dos incautos. Pretende ler a história
da vida e compreender todas as dificuldades e aflições dos que a
ele recorrem. Disfarçando-se em anjo de luz, ao mesmo tempo que
tem no coração a negrura do abismo, manifesta grande interesse
nas mulheres que lhe buscam o conselho. Diz-lhes que todas as
suas dificuldades são provenientes de um casamento infeliz. Isto
talvez seja muito verdadeiro, mas tal conselheiro não lhes melhora a
condição. Diz-lhes que precisam é de amor e simpatia. Aparentando
grande interesse em seu bem-estar, lançam sobre suas ingênuas
vítimas um encantamento, fascinando-as como a serpente encanta
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o trêmulo passarinho. Em breve se acham elas inteiramente em seu
poder, vindo na terrível esteira o pecado, a desgraça e a ruína. —
The Review and Herald, 27 de Junho de 1882
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A mais baixa licenciosidade, desespero e ruína
— A men-
sagem do demônio para Saul, conquanto fosse uma denúncia do
pecado e uma profecia de retribuição; não visava reformá-lo, mas
provocá-lo ao desespero e à ruína. Mais freqüentemente, porém,
serve melhor aos desígnios do tentador seduzir os homens à des-
truição pela lisonja. O ensino dos deuses-demônios, nos tempos
antigos, fomentava a mais baixa licenciosidade. Os preceitos divinos
condenando o pecado e reforçando a justiça, foram postos à mar-
gem; a verdade foi olhada com menosprezo, e a impureza foi, não
somente permitida, mas recomendada. O espiritismo declara que
não há morte, não há pecado, nem juízo, nem retribuição; que os
“homens são semideuses não caídos”; que o desejo é a suprema lei; e
que o homem só é responsável para consigo mesmo. As barreiras er-
guidas por Deus para guardar a verdade, a pureza e a reverência, são
derribadas, tornando-se muitos por essa forma ousados no pecado.
Não sugere tal ensino origem semelhante à do culto aos demônios?
The Signs of the Times, 30 de Junho de 1890
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