Página 235 - O Grande Conflito

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Capítulo 15 — A Escritura Sagrada e a Revolução
Francesa
No século XVI, a Reforma, apresentando ao povo uma Bíblia
aberta, procurava admissão em todos os países da Europa. Algumas
nações receberam-na com alegria, como um mensageiro do Céu.
Em outras terras o papado conseguiu em grande parte impedir-
lhe a entrada; e a luz do conhecimento da Escritura Sagrada, com
sua enobrecedora influência, foi quase totalmente excluída. Em um
país, posto que a luz encontrasse entrada, não foi compreendida
por causa das muitas trevas. Durante séculos a verdade e o erro
lutaram pelo predomínio. Finalmente o mal triunfou e a verdade
divina foi rejeitada. “Esta é a condenação, que a luz veio ao mundo, e
os homens amaram mais as trevas do que a luz.”
João 3:19
. Permitiu-
se que a nação colhesse os resultados da conduta que adotara. A
restrição do Espírito de Deus foi removida de um povo que tinha
desprezado o dom de Sua graça. Consentiu-se que o mal chegasse a
sazonar. E todo o mundo viu os frutos da rejeição voluntária da luz.
Esta guerra contra a Escritura Sagrada, prosseguida durante tan-
tos séculos na França, culminou nas cenas da Revolução. Aquela
terrível carnificina foi apenas o resultado legítimo da supressão da
Escritura por parte de Roma. Apresentou ao mundo o mais flagrante
exemplo da operação dos princípios papais — exemplo dos resulta-
dos a que por mais de mil anos tendia o ensino da Igreja de Roma.
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A supressão das Escrituras durante o período da supremacia pa-
pal, foi predita pelos profetas; e o Revelador (o apóstolo João) indica
também os terríveis resultados que deveriam sobrevir especialmente
à França pelo domínio do “homem do pecado”.
Disse o anjo do Senhor: “Pisarão a santa cidade por quarenta
e dois meses. E darei poder às Minhas duas Testemunhas, e pro-
fetizarão por mil, duzentos e sessenta dias, vestidas de saco. ... E,
quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo
lhes fará guerra, e os vencerá, e os matará. E jazerão seus corpos
mortos na praça da grande cidade que espiritualmente se chama
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