Página 279 - O Grande Conflito

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A esperança que infunde alegria
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os confins da Terra.”
Lucas 2:25, 32
;
Atos 13:47
. Buscavam a luz,
e luz procedente do trono de Deus iluminou-lhes o caminho para
os pés. Enquanto os sacerdotes e rabis de Jerusalém, os pretensos
depositários e expositores da verdade, se encontravam envoltos em
trevas, a estrela enviada pelo Céu guiou os estrangeiros gentios ao
lugar do nascimento do recém-nascido Rei.
É para os que O esperam que Cristo deve aparecer a segunda vez,
sem pecado, para a salvação.
Hebreus 9:28
. Semelhantemente às
novas do nascimento do Salvador, a mensagem do segundo advento
não foi confiada aos dirigentes religiosos do povo. Eles não haviam
preservado sua união com Deus, recusando a luz do Céu; não eram,
portanto, do número descrito pelo apóstolo Paulo: “Mas vós, irmãos,
já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como
um ladrão; porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós
não somos da noite nem das trevas.”
1 Tessalonicenses 5:4, 5
.
Os vigias sobre os muros de Sião deveriam ter sido os primeiros
a aprender as novas do advento do Salvador, os primeiros a alçar
a voz para proclamar achar-Se Ele perto, os primeiros a advertir o
povo a fim de que se preparasse para a Sua vinda. Entregavam-se,
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porém, ao comodismo, sonhando em paz e segurança, enquanto o
povo dormia em seus pecados. Jesus viu a Sua igreja, semelhando a
figueira estéril, coberta de pretensiosas folhas e no entanto destituída
do precioso fruto. Notava-se alardeada observância das formas da
religião, enquanto faltava o espírito da verdadeira humildade, ar-
rependimento e fé — o que unicamente poderia tornar aceitável o
culto a Deus. Em vez das graças do Espírito, havia manifesto orgu-
lho, formalismo, vanglória, egoísmo, opressão. Uma igreja apóstata
fechava os olhos aos sinais dos tempos. Deus não a abandonou, nem
permitiu que Sua fidelidade lhe faltasse; dEle, porém, afastara-se, e
separara-se de Seu amor. Recusando-se ela a satisfazer às condições,
Suas promessas não foram para com ela cumpridas.
Esse é o resultado certo de não apreciar nem aproveitar a luz e
privilégios que Deus confere. A menos que a igreja siga o caminho
que lhe abre a Providência, aceitando todo raio de luz, cumprindo
todo dever que lhe seja revelado, a religião fatalmente degenerará em
formalismo, e desaparecerá o espírito da piedade vital. Esta verdade
tem sido repetidas vezes ilustrada na história da igreja. Deus requer
de Seu povo obras de fé e obediência correspondentes às bênçãos e