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O Grande Conflito
expressão de tristeza, confusão e derrota; viam, porém, ali, alegria
e triunfo. Que preparo receberam estes discípulos para a obra que
se achava diante deles! Tinham passado pela mais severa prova que
lhes era possível experimentar, e visto como a Palavra de Deus se
cumprira triunfantemente, quando, segundo a visão humana, tudo
se achava perdido. Que poderia, dali em diante, intimidar-lhes a fé
ou arrefecer-lhes o ardoroso amor? Na mais aguda tristeza tinham
“firme consolação”, e uma esperança que era “como âncora da alma
segura e firme.”
Hebreus 6:18, 19
. Haviam sido testemunhas da sa-
bedoria e poder de Deus e estavam certos “de que, nem a morte, nem
a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem
o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem
alguma outra criatura”, seria capaz de os separar “do amor de Deus,
que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” “Em todas estas coisas”,
disseram eles, “somos mais do que vencedores, por Aquele que nos
amou.”
Romanos 8:38, 39, 37
. “A Palavra do Senhor permanece para
sempre.”
1 Pedro 1:25
. E “quem os condenará? Pois é Cristo quem
morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à
direita de Deus, e também intercede por nós.”
Romanos 8:34
.
Diz o Senhor: “O Meu povo não será envergonhado para sem-
pre.”
Joel 2:26
. “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem
pela manhã.”
Salmo 30:5
. Quando no dia da ressurreição esses dis-
cípulos encontraram o Salvador e lhes ardia o coração ao ouvirem
Suas palavras; quando olharam para a cabeça, mãos e pés que por
amor deles tinham sido feridos; quando, antes de Sua ascensão, Jesus
os levou até Betânia, e erguendo as mãos para os abençoar, lhes or-
denou: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho”, acrescentando:
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“Eis que Eu estou convosco todos os dias” (
Marcos 16:15
;
Mateus
28:20
); quando, no dia de Pentecoste, desceu o Consolador prome-
tido, e foi dado o poder do alto, e a alma dos crentes estremeceu
com a presença sensível do Senhor que ascendera ao Céu — então,
mesmo que seu caminho tivesse de passar, como o de Jesus, através
de sacrifício e martírio, trocariam eles o ministério do evangelho
de Sua graça, com a “coroa da justiça” a ser recebida à vinda de
Cristo, pela glória de um trono terrestre que fora a esperança de
seu primeiro discipulado? Aquele que é “capaz de fazer muito mais
abundantemente do que pedimos ou pensamos” concedera-lhes, com
a comunhão de Seus sofrimentos, a de Sua alegria — alegria de