Página 318 - O Grande Conflito

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O Grande Conflito
Wolff cria na próxima vinda do Senhor, e sua interpretação dos
períodos proféticos colocava o grande acontecimento em muito
poucos anos de diferença do tempo indicado por Miller. Aos que
insistiam nesta passagem: “Daquele dia e hora ninguém sabe” que
os homens nada devem saber em relação à proximidade do advento,
Wolff replicava: “Disse nosso Senhor que aquele dia e hora nunca
deveriam ser conhecidos? Não nos deu Ele sinais dos tempos, a
fim de que possamos ao menos saber a aproximação de Sua vinda,
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como alguém sabe da proximidade do verão pelo brotar das folhas
na figueira?
Mateus 24:32
. Não deveremos jamais conhecer esse
tempo, quando Jesus mesmo nos exorta, não somente a ler o profeta
Daniel, mas a compreendê-lo? E o mesmo livro de Daniel, em que se
diz que as palavras estavam fechadas até ao tempo do fim (conforme
era o caso em seu tempo), declara que ‘muitos correrão de uma
parte para outra’ (expressão hebraica para significar — observar e
pensar a respeito do tempo), e a ‘ciência’ (em relação ao tempo)
‘se multiplicará’.
Daniel 12:4
. Demais, nosso Senhor não tem o
intuito de dizer com isto que a proximidade do tempo não será
conhecida, mas que o ‘dia e hora’ exatos ‘ninguém sabe’. Pelos
sinais dos tempos, diz Ele, será conhecido o suficiente para nos
induzir ao preparo para a Sua vinda, tal como Noé preparou a arca.”
— Pesquisas e Trabalhos Missionários, de Wolff.
Em relação ao sistema popular de interpretar as Escrituras, ou
de mal-interpretá-las, escreveu Wolff: “A maior parte da igreja cristã
tem-se separado do claro sentido das Escrituras, volvendo ao sis-
tema fantasioso dos budistas; estes crêem que a futura felicidade dos
homens consistirá em mover-se pelo ar. Admitem que, quando lêem
judeus, devem entender gentios; e quando lêem Jerusalém, devem
compreender igreja; e se se fala de Terra, significa Céu; e pela vinda
do Senhor devem compreender o progresso das sociedades missi-
onárias; e subir ao monte da casa do Senhor, significa imponente
reunião religiosa dos metodistas.” — Diário, do Rev. José Wolff.
Durante vinte e quatro anos, de 1821 a 1845, Wolff viajou ex-
tensamente: na África, visitando o Egito e a Etiópia; na Ásia, atra-
vessando a Palestina, Síria, Pérsia, Usbequistão e a Índia. Visitou
também os Estados Unidos, pregando, na viagem para lá, na ilha
de Santa Helena. Chegou a Nova Iorque em agosto de 1837; e,
depois de falar naquela cidade, pregou em Filadélfia e Baltimore,