Página 319 - O Grande Conflito

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Um grande movimento mundial
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dirigindo-se finalmente a Washington. Ali, diz ele, “por uma pro-
posta apresentada pelo ex-presidente John Quincy Adams, em uma
das casas do Congresso, concedeu-se-me unanimemente o uso do
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salão do Congresso para uma conferência que eu pronunciei em
um sábado, honrada com a presença de todos os congressistas, e
também do bispo de Virgínia e do clero e cidadãos de Washington.
A mesma honra me foi conferida pelos membros do governo de
Nova Jersey e Pensilvânia, em cuja presença fiz conferências sobre
minhas pesquisas na Ásia, e também sobre o reino pessoal de Jesus
Cristo.” — Diário.
O Dr. Wolff viajou nos países mais bárbaros, sem a proteção de
qualquer autoridade européia, suportando muitas agruras e cercado
de inumeráveis perigos. Foi espancado e sofreu fome, sendo ven-
dido como escravo, e três vezes condenado à morte. Foi assediado
por ladrões, e algumas vezes quase pereceu de sede. Uma ocasião
despojaram-no de tudo que possuía, obrigando-o a viajar centenas
de quilômetros a pé, através de montanhas, descalço e com os pés
enregelados ao contato do chão frio, e o rosto açoitado pela neve.
Quando advertido pelo fato de ir desarmado entre tribos selva-
gens e hostis, declarava estar “provido de armas — oração, zelo para
com Cristo e confiança em Seu auxílio.” “Também estou provido”,
disse ele, “do amor de Deus e do meu próximo, em meu coração,
e da Bíblia em minhas mãos.” — Em Perigos Muitas Vezes, W. H.
D. Adams. Aonde quer que fosse, levava consigo as Escrituras em
hebraico e inglês.
De uma de suas últimas jornadas diz ele: “Eu ... conservava a
Bíblia aberta na mão. Sentia que o meu poder estava no Livro e que
sua força me sustentaria.” — Ibidem.
Assim perseverou em seus labores até que a mensagem do juízo
foi levada a uma grande parte habitável do globo. Entre judeus,
turcos, persas, hindus e muitas outras nacionalidades e povos, ele
distribuiu a Palavra de Deus nessas várias línguas, e em toda parte
anunciou a proximidade do reino do Messias.
Em suas viagens pelo Usbequistão encontrou a doutrina da pró-
xima vinda do Senhor, professada por um povo remoto e isolado. Os
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árabes do Iêmen, diz ele, “acham-se de posse de um livro chamado
‘Seera’, que dá informação sobre a segunda vinda de Cristo e Seu
reino em glória; e esperam ocorrerem grandes acontecimentos no