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O Grande Conflito
ano de 1840.” — Diário. “No Iêmen... passei seis dias com os filhos
de Recabe. Não bebem vinho, não plantam vinhedos, não semeiam,
e vivem em tendas; lembram-se do bom e velho Jonadabe, filho
de Recabe; e encontrei em sua companhia filhos de Israel, da tribo
de Dã, ... que esperam com os filhos de Recabe a breve vinda do
Messias nas nuvens do céu.” — Ibidem.
Outro missionário verificou existir crença semelhante na Tartá-
ria. Um sacerdote tártaro perguntou ao missionário quando Cristo
viria pela segunda vez. Ao responder o missionário que nada sa-
bia a respeito, o sacerdote pareceu ficar grandemente surpreso com
tal ignorância em quem professava ser ensinador da Bíblia, e de-
clarou sua própria crença baseada na profecia, de que Cristo viria
aproximadamente em 1844.
Já em 1826 a mensagem do advento começou a ser pregada na
Inglaterra. O movimento ali não tomou forma definida como na
América do Norte; o tempo exato do advento não era geralmente
tão ensinado, mas proclamava-se vastamente a grande verdade da
próxima vinda de Cristo em poder e glória. E isto não somente entre
os dissidentes e não conformistas. Mourante Brock, escritor inglês,
declara que mais ou menos setecentos pastores da Igreja Anglicana
estavam empenhados na pregação deste “evangelho do reino.” A
mensagem que indicava 1844 como o tempo da vinda do Senhor, foi
também dada na Grã-Bretanha. Publicações sobre o advento, prove-
nientes dos Estados Unidos, eram amplamente disseminadas. Livros
e revistas reeditavam-se na Inglaterra. E, em 1842, Robert Winter,
inglês nato, que recebera na América do Norte a fé do advento,
voltou a seu país natal para anunciar a vinda do Senhor. Muitos se
uniram a ele na obra, e a mensagem do juízo foi proclamada em
várias partes da Inglaterra.
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Na América do Sul, em meio de desumanidade e artimanha
dos padres, Lacunza, jesuíta espanhol, teve acesso às Escrituras, e
recebeu assim a verdade da imediata volta de Cristo. Constrangido
a fazer a advertência, e desejando contudo escapar das censuras
de Roma, publicou suas idéias sob o pseudônimo de “Rabbi Ben-
Israel”, representando-se a si mesmo como judeu converso. Lacunza
viveu no século XVIII, mas foi aproximadamente em 1825 que seu
livro, encontrando acesso em Londres, foi traduzido para a língua