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O Grande Conflito
Foram estes os benditos resultados fruídos pelos que aceitaram a
mensagem adventista. Vieram de denominações várias, e as barreiras
denominacionais foram arremessadas ao chão; credos em conflito
eram reduzidos a átomos; a esperança de um milênio terreal, em
desacordo com a Escritura Sagrada, foi posta de lado e corrigidas
opiniões falsas sobre o segundo advento; varridos o orgulho e a
conformação ao mundo; repararam-se injustiças; os corações se
uniram na mais doce comunhão, e o amor e a alegria reinaram
supremos. Se esta doutrina fez isto pelos poucos que a receberam, o
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mesmo teria feito a todos, se todos a houvessem recebido.
Mas as igrejas, em geral, não aceitaram a advertência. Os pas-
tores, que, como “vigias sobre a casa de Israel”, deveriam ter sido
os primeiros a discernir os sinais da vinda de Jesus, não quiseram
saber a verdade, quer pelo testemunho dos profetas, quer pelos sinais
dos tempos. À medida que as esperanças e ambições mundanas
lhes encheram o coração, arrefeceram o amor para com Deus e a fé
em Sua Palavra; e, quando a doutrina do advento era apresentada,
apenas suscitava preconceito e descrença. O fato de ser a mensagem
em grande parte pregada por leigos, era insistentemente apresentado
como argumento contra a mesma. Como na antigüidade, ao claro
testemunho da Palavra de Deus opunha-se a indagação: “Têm crido
alguns dos príncipes ou dos fariseus?” E vendo quão difícil tarefa
era refutar os argumentos aduzidos dos períodos proféticos, muitos
desanimavam o estudo das profecias, ensinando que os livros proféti-
cos estavam selados, e não deveriam ser compreendidos. Multidões,
confiando implicitamente nos pastores, recusaram-se a ouvir a ad-
vertência; e outros, ainda que convictos da verdade, não ousavam
confessá-la para não serem “expulsos da sinagoga.” A mensagem
que Deus enviara para provar e purificar a igreja revelou com muita
evidência quão grande era o número dos que haviam posto a afeição
neste mundo ao invés de em Cristo. Os laços que os ligavam à Terra,
mostravam-se mais fortes do que as atrações ao Céu. Preferiam ouvir
a voz da sabedoria mundana, e desviavam-se da probante mensagem
da verdade.
Rejeitando a advertência do primeiro anjo, desprezaram os meios
que o Céu provera para a sua restauração. Desacataram o mensageiro
de graça que teria corrigido os males que os separavam de Deus,
e com maior avidez volveram à busca da amizade do mundo. Eis