Página 352 - O Grande Conflito

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O Grande Conflito
Não foi o proclamar do segundo advento que criou fanatismo
e divisão. Esses apareceram no verão de 1844, quando os adven-
tistas estavam imersos em dúvida e perplexidade no tocante à Sua
verdadeira posição. O anunciar da mensagem do primeiro anjo e do
“clamor da meia-noite”, tendia diretamente a reprimir o fanatismo e
a discórdia. Os que participavam destes solenes movimentos, esta-
vam em harmonia; enchia-lhes o coração o amor de uns para com os
outros e para com Jesus, a quem esperavam ver brevemente. Uma
só fé, uma só esperança os elevavam acima do domínio de qualquer
influência humana, demonstrando-se um escudo contra os assaltos
de Satanás.
“E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram.
Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao
encontro. Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam
as suas lâmpadas.”
Mateus 25:5-7
. No verão de 1844, período de
tempo intermediário entre a época em que, a princípio, se supusera
devessem terminar os 2.300 dias, e o outono do mesmo ano, até
onde, segundo mais tarde se descobriu, deveriam eles chegar, a
mensagem foi proclamada nos próprios termos das Escrituras: “Aí
vem o Esposo!”
O que determinou este movimento foi descobrir-se que o decreto
de Artaxerxes para a restauração de Jerusalém, o qual estabelecia
o ponto de partida para o período dos 2.300 dias, entrou em vigor
no outono do ano 457 antes de Cristo, e não no começo do ano,
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conforme anteriormente se havia crido. Contando o outono de 457,
os 2.300 anos terminam no outono de 1844.
Argumentos aduzidos dos símbolos do Antigo Testamento apon-
tavam também para o outono como o tempo em que deveria ocorrer
o acontecimento representado pela “purificação do santuário.” Isto se
tornou muito claro ao dar-se atenção à maneira por que os símbolos
relativos ao primeiro advento de Cristo se haviam cumprido.
A morte do cordeiro pascal era sombra da morte de Cristo. Diz
Paulo: “Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós.”
1 Coríntios
5:7
. O molho das primícias, que por ocasião da Páscoa era movido
perante o Senhor, simbolizava a ressurreição de Cristo. Falando da
ressurreição do Senhor e de todo o Seu povo, diz Paulo: “Cristo, as
primícias, depois os que são de Cristo, na Sua vinda.”
1 Coríntios
15:23
. Semelhante ao molho que era agitado, constituído pelos pri-