Página 353 - O Grande Conflito

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Profecias alentadoras
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meiros grãos amadurecidos que se colhiam antes da ceifa, Cristo
é as primícias da ceifa imortal de resgatados que, por ocasião da
ressurreição futura, serão recolhidos ao celeiro de Deus.
Aqueles símbolos se cumpriram, não somente quanto ao aconte-
cimento mas também quanto ao tempo. No dia catorze do primeiro
mês judaico, no mesmo dia e mês em que, durante quinze longos
séculos, o cordeiro pascal havia sido morto, Cristo, tendo comido
a Páscoa com os discípulos, instituiu a solenidade que deveria co-
memorar Sua própria morte como o “Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo.” Naquela mesma noite Ele foi tomado por mãos
ímpias, para ser crucificado e morto. E, como o antítipo dos mo-
lhos que eram agitados, nosso Senhor ressurgiu dentre os mortos ao
terceiro dia, como — “as primícias dos que dormem” (
1 Coríntios
15:20
), exemplo de todos os ressuscitados justos, cujo “corpo aba-
tido” será transformado, “para ser conforme o Seu corpo glorioso.”
Filipenses 3:21
.
De igual maneira, os tipos que se referem ao segundo advento
devem cumprir-se ao tempo designado no culto simbólico. No ce-
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rimonial mosaico, a purificação do santuário, ou o grande dia da
expiação, ocorria no décimo dia do sétimo mês judaico (
Levítico
16:29-34
), dia em que o sumo sacerdote, tendo feito expiação por
todo o Israel, e assim removido seus pecados do santuário, saía e
abençoava o povo. Destarte, acreditava-se que Cristo, nosso Sumo
Sacerdote, apareceria para purificar a Terra pela destruição do pecado
e pecadores, e glorificar com a imortalidade a Seu povo expectante.
O décimo dia do sétimo mês, o grande dia da expiação, tempo da
purificação do santuário, que no ano 1844 caía no dia vinte e dois
de outubro, foi considerado como o tempo da vinda do Senhor. Isto
estava de acordo com as provas já apresentadas, de que os 2.300 dias
terminariam no outono, e a conclusão parecia irresistível.
Na parábola de
Mateus 25
, o tempo de espera e sono é seguido
pela vinda do Esposo. Isto concordava com os argumentos que
acabam de ser apresentados, tanto da profecia como dos símbo-
los. Produziram profunda convicção quanto à sua veracidade; e o
“clamor da meia-noite” foi proclamado por milhares de crentes.
Semelhante à vaga da maré, o movimento alastrou-se pelo país.
Foi de cidade em cidade, de aldeia em aldeia, e para os lugares
distantes, no interior, até que o expectante povo de Deus ficou com-