Página 363 - O Grande Conflito

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O santuário celestial, centro de nossa esperança
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primeiros 483 anos dos 2.300, deveriam estender-se até o Messias,
o Ungido; e o batismo e unção de Cristo, pelo Espírito Santo, no
ano 27 de nossa era, cumpriu exatamente esta especificação. No
meio da setuagésima semana o Messias deveria ser tirado. Três e
meio anos depois de Seu batismo; na primavera do ano 31, Cristo foi
crucificado. As setenta semanas, ou 490 anos, deveriam pertencer
especialmente aos judeus. Ao expirar este período, a nação selou sua
rejeição de Cristo, pela perseguição de Seus discípulos, e, no ano
34, os apóstolos voltaram-se para os gentios. Havendo terminado os
primeiros 490 anos dos 2.300, restavam ainda 1.810 anos. Contando-
se desde o ano 34 de nossa era, 1.810 anos se estendem até 1844.
“Então”, disse o anjo, “o santuário será purificado.” Todas as especi-
ficações precedentes da profecia se cumpriram, inquestionavelmente,
no tempo designado.
Nesse cálculo, tudo era claro e harmonioso, exceção feita de não
se ter visto em 1844 nenhum acontecimento que correspondesse
à purificação do santuário. Negar que os dias terminaram naquele
tempo equivalia a envolver em confusão todo o assunto e renunciar
a posições que tinham sido estabelecidas por insofismáveis cumpri-
mentos de profecia.
Deus, porém, estivera a dirigir o Seu povo no grande movimento
adventista; Seu poder e glória haviam acompanhado a obra, e Ele não
permitiria que ela finalizasse em trevas e desapontamento, para que
fosse vituperada como falsa excitação fanática. Não deixaria Sua pa-
lavra envolta em dúvida e incerteza. Posto que muitos abandonassem
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a anterior contagem dos períodos proféticos, negando a exatidão do
movimento nela baseado, outros não estavam dispostos a renunciar
a pontos de fé e experiência que eram apoiados pelas Escrituras e
pelo testemunho do Espírito de Deus. Criam ter adotado, no estudo
das profecias, sólidos princípios de interpretação, sendo o seu dever
reter firmemente as verdades já adquiridas e continuar o mesmo
método de exame bíblico. Com fervorosa oração examinaram sua
atitude e estudaram as Escrituras para descobrir onde haviam errado.
Como não pudessem ver engano algum no cômputo dos períodos
proféticos, foram levados a examinar mais particularmente o assunto
do santuário.
Aprenderam, em suas pesquisas, que não há nas Escrituras prova
que apóie a idéia popular de que a Terra é o santuário; acharam,