A imutável Lei de Deus
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do papado — a besta. Disse Paulo que havia de vir “a apostasia”, e
manifestar-se “o homem do pecado.” II Tess. 2:3. Assim a apostasia
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na igreja preparará o caminho para a imagem à besta.
A Escritura Sagrada declara que antes da vinda do Senhor exis-
tirá um estado de decadência religiosa semelhante à dos primeiros
séculos. “Nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque
haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, sober-
bos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem
afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis,
sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais
amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de
piedade, mas negando a eficácia dela.”
2 Timóteo 3:1-5
. “Mas o
Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão al-
guns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de
demônios.”
1 Timóteo 4:1
. Satanás operará “com todo o poder, e
sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça.” E
todos os que “não receberam o amor da verdade para se salvarem”,
serão abandonados à mercê da “operação do erro, para que creiam a
mentira.”
2 Tessalonicenses 2:9-11
. Quando for atingido tal estado
de impiedade, ver-se-ão os mesmos resultados que nos primeiros
séculos.
A vasta diversidade de crenças nas igrejas protestantes é por
muitos considerada como prova decisiva de que jamais se poderá
fazer esforço algum para se conseguir uma uniformidade obrigatória.
Há anos, porém, que nas igrejas protestantes se vem manifestando
poderoso e crescente sentimento em favor de uma união baseada
em pontos comuns de doutrinas. Para conseguir tal união, deve-
se necessariamente evitar toda discussão de assuntos em que não
estejam todos de acordo, independentemente de sua importância do
ponto de vista bíblico.
Carlos Beecher, em sermão pronunciado em 1846, declarou que
o ministério das denominações evangélicas protestantes “não so-
mente é formado sob terrível pressão do mero temor humano, mas
também vive, move-se e respira num meio totalmente corrupto, e que
cada instante apela para todo o elemento mais vil de sua natureza,
a fim de ocultar a verdade e curvar os joelhos ao poder da aposta-
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sia. Não foi desta maneira que as coisas se passaram com Roma?
Não estamos nós desandando pelo mesmo caminho? E que vemos