Página 399 - O Grande Conflito

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Restauração da verdade
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com terrível majestade à multidão reunida, para que conhecesse a
Sua vontade, e a Ele temesse e obedecesse para sempre.
Desde aquele dia até o presente, o conhecimento da lei de Deus
tem-se preservado na Terra, e o sábado do quarto mandamento tem
sido guardado. Posto que o “homem do pecado” conseguisse calcar
a pés o santo dia de Deus, houve, contudo, mesmo no período de
sua supremacia, ocultas nos lugares solitários, almas fiéis que lhe
dispensavam honra. Desde a Reforma, alguns tem havido, em cada
geração, a manterem-lhe a observância. Embora freqüentemente em
meio de ignomínia e perseguição, constante testemunho tem sido
dado da perpetuidade da lei de Deus e da obrigação sagrada relativa
ao sábado da Criação.
Estas verdades, conforme são apresentadas no
Capítulo 14
de
Apocalipse, em relação com “o evangelho eterno”, distinguirão a
igreja de Cristo ao tempo de Seu aparecimento. Pois, como resultado
da tríplice mensagem, é anunciado: “Aqui estão os que guardam os
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mandamentos de Deus, e a fé de Jesus.” E esta mensagem é a última
a ser dada antes da vinda do Senhor. Seguindo-se imediatamente à
sua proclamação, pelo profeta é visto o Filho do homem vindo em
glória, para ceifar a colheita da Terra.
Os que receberam a luz concernente ao santuário e à imutabili-
dade da lei de Deus, encheram-se de alegria e admiração, ao verem
a beleza e harmonia do conjunto de verdades que se lhes desven-
daram ao entendimento. Desejaram que a luz que lhes parecia tão
preciosa fosse comunicada a todos os cristãos; e criam que seria
alegremente aceita. Mas as verdades que os poriam em discordância
com o mundo não foram bem recebidas por muitos que pretendiam
ser seguidores de Cristo. A obediência ao quarto mandamento exigia
sacrifício, ante o qual a maioria das pessoas recuava.
Ao serem apresentadas as exigências do sábado, muitos racio-
cinavam do ponto de vista mundano. Diziam: “Sempre guardamos
o domingo, nossos pais o observaram, e muitos homens bons e pi-
edosos morreram felizes enquanto o guardavam. Se tinham razão,
também nós a temos. A guarda do sábado do sétimo dia nos poria em
desacordo com o mundo, e não teríamos influência alguma sobre ele.
Que pode um pequeno grupo, a guardar o sétimo dia, esperar fazer
contra todo o mundo que guarda o domingo?” Foi com argumentos
semelhantes que os judeus se esforçaram para justificar sua rejeição