Página 402 - O Grande Conflito

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O Grande Conflito
zombaria dos incrédulos, e correriam perigo de se entregar ao desâ-
nimo, sendo tentados a duvidar das verdades essenciais à salvação.
A advertência do apóstolo aos tessalonicenses contém uma lição
importante aos que vivem nos últimos dias. Muitos adventistas têm
julgado que, a menos que pudessem fixar a fé em um tempo definido
para a vinda do Senhor, não poderiam ser zelosos e diligentes na
obra de preparo. Mas, como suas esperanças são reiteradas vezes
suscitadas, apenas para serem destruídas, sua fé sofre abalo tal que
se lhes torna quase impossível se impressionarem com as grandes
verdades da profecia.
A pregação de um tempo definido para o juízo, na proclamação
da primeira mensagem, foi ordenada por Deus. O cômputo dos perío-
dos proféticos nos quais se baseava aquela mensagem, localizando
o final dos 2.300 dias no outono de 1844, paira acima de qualquer
contestação. Os repetidos esforços por encontrar novas datas para o
começo e fim dos períodos proféticos, e o raciocínio falaz que era
necessário para apoiar este modo de ver, não somente transviaram da
verdade presente os espíritos, mas lançaram o opróbrio sobre todos
os esforços para se explicarem as profecias. Quanto mais freqüente-
mente se marcar um tempo definido para o segundo advento, e mais
amplamente for ele ensinado, tanto mais se satisfazem os propósitos
de Satanás. Depois que se passa o tempo, ele provoca o ridículo e
o desdém aos seus defensores, lançando assim o opróbrio sobre o
grande movimento adventista de 1843 e 1844. Os que persistem
neste erro, fixarão finalmente uma data para a vinda de Cristo num
futuro demasiado longínquo. Serão levados, assim, a descansar em
falsa segurança, e muitos se desenganarão tarde demais.
A história do antigo Israel é um exemplo frisante da passada
experiência dos adventistas. Deus guiou Seu povo no movimento
adventista, assim como guiara os filhos de Israel ao saírem do Egito.
No grande desapontamento fora provada a sua fé, como o foi a dos
hebreus no Mar Vermelho. Houvessem ainda confiado na mão gui-
adora que com eles estivera em sua experiência anterior, e teriam
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visto a salvação de Deus. Se todos os que trabalharam unidos na obra
em 1844 tivessem recebido a mensagem do terceiro anjo, procla-
mando-a no poder do Espírito Santo, o Senhor teria poderosamente
operado por seus esforços. Caudais de luz ter-se-iam derramado
sobre o mundo. Haveria anos que os habitantes da Terra teriam sido