Página 462 - O Grande Conflito

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O Grande Conflito
ende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e
não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.”
1
Coríntios 2:14
. Pessoa alguma que alimente este erro pode ter exato
conceito do caráter ou missão de Cristo, nem do grande plano de
Deus para a redenção do homem.
Ainda outro erro sutil e nocivo é a crença, que rapidamente se
espalha, de que Satanás não existe como ser pessoal; de que este
nome é empregado nas Escrituras meramente para representar os
maus pensamentos e desejos do homem.
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O ensino tão extensamente exposto dos púlpitos populares, de
que o segundo advento de Cristo é a Sua vinda a cada indivíduo
por ocasião da morte, é um ardil para desviar a mente dos homens
de Sua vinda pessoal nas nuvens do céu. Durante anos Satanás tem
estado assim a dizer: “Eis que Ele está no interior da casa” (
Mateus
24:23-26
); e muitas almas se têm perdido por aceitarem este engano.
Outrossim, ensina a sabedoria mundana que a oração não é
essencial. Homens de Ciência pretendem que a oração não pode, na
verdade, ser atendida; que isto seria uma violação da lei, um milagre,
e que os milagres não existem. O Universo dizem eles, é governado
por leis fixas, e o próprio Deus nada faz contrário a essas leis. Assim
representam a Deus governado por Suas próprias leis, como se a
operação das leis divinas pudesse excluir a liberdade divina. Tal
ensino se opõe ao testemunho das Escrituras. Não foram operados
milagres por Cristo e por Seus apóstolos? O mesmo compassivo
Salvador vive hoje, e está tão disposto a escutar a oração da fé, como
quando andava visivelmente entre os homens. O natural coopera
com o sobrenatural. Faz parte do plano de Deus conceder-nos, em
resposta à oração da fé, aquilo que Ele não outorgaria se o não
pedíssemos assim.
Inumeráveis são as doutrinas errôneas e as fantasiosas idéias que
estão ganhando terreno entre as igrejas da cristandade. É impossível
avaliar os maus resultados de remover um dos marcos que foram
fixados pela Palavra de Deus. Pouco dos que se arriscam a fazer isto
param com a rejeição de uma única verdade. A maioria continua
a pôr de lado, um após outro, os princípios da verdade, até que se
tornam efetivamente incrédulos.
Os erros da teologia popular têm arrastado ao ceticismo muitas
almas que poderiam de outra maneira ter sido crentes nas Escrituras.