Página 485 - O Grande Conflito

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Capítulo 34 — Oferece o espiritismo alguma
esperança?
O ministério dos santos anjos, conforme é apresentado nas Es-
crituras Sagradas, é uma verdade deveras confortadora e preciosa
a todo seguidor de Cristo. Mas o ensino bíblico acerca deste ponto
tem sido obscurecido e pervertido pelos erros da teologia popular. A
doutrina da imortalidade natural, a princípio tomada emprestada à
filosofia pagã, e incorporada à fé cristã durante as trevas da grande
apostasia, tem suplantado a verdade tão claramente ensinada nas
Escrituras, de que “os mortos não sabem coisa nenhuma.” Multidões
têm chegado a crer que os espíritos dos mortos é que são os “espí-
ritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão
de herdar a salvação.” E isto apesar do testemunho das Escrituras
quanto à existência dos anjos celestiais, e sua relação com a história
do homem, antes da morte de qualquer ser humano.
A doutrina da consciência do homem na morte, especialmente
a crença de que os espíritos dos mortos voltam para ministrar aos
vivos, abriu caminho para o moderno espiritismo. Se os mortos são
admitidos à presença de Deus e dos santos anjos e se são favorecidos
com conhecimentos que superam em muito o que antes possuíam,
por que não voltariam eles à Terra para iluminar e instruir os vivos?
Se conforme é ensinado pelos teólogos populares, os espíritos dos
mortos estão a pairar sobre seus amigos na Terra, por que não lhes
seria permitido comunicar-se com eles, a fim de os advertir contra
o mal, ou consolá-los na tristeza? Como podem os que crêem no
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estado consciente dos mortos rejeitar o que lhes vem como luz divina
transmitida por espíritos glorificados? Eis aí um meio de comunica-
ção considerado sagrado, e de que Satanás se vale para realizar seus
propósitos. Os anjos decaídos que executam suas ordens, aparecem
como mensageiros do mundo dos espíritos. Ao mesmo tempo em
que professam trazer os vivos em comunicação com os mortos, o
príncipe do mal sobre eles exerce sua influência fascinante.
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