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              História da Redenção
            
            
              Suas maravilhosas obras com fervorosa voz, e procuravam saber o
            
            
              que Jesus tinha feito para ser tratado como um malfeitor. Apenas
            
            
              uns poucos dias antes, eles O aclamaram com alegres hosanas, e
            
            
              agitaram suas palmas, quando Ele entrou triunfalmente em Jerusa-
            
            
              lém. Mas, muitos que haviam gritado em Seu louvor, porque era
            
            
              popular fazer assim, agora avolumavam o clamor: “Crucifica-O!
            
            
              Crucifica-O!”
            
            
              Pregado na cruz
            
            
              Em chegando ao lugar da execução, os condenados foram ligados
            
            
              ao instrumento da tortura. Enquanto os dois ladrões lutaram às mãos
            
            
              dos que os puseram na cruz, Jesus não opôs nenhuma resistência.
            
            
              A mãe de Jesus olhava em agônica ansiedade, esperando que Ele
            
            
              operasse um milagre para salvar-Se. Viu Suas mãos estendidas sobre
            
            
              a cruz — aquelas bondosas mãos que sempre tinham dispensado
            
            
              bênçãos, e estendidas muitas vezes para curar os sofredores. E agora
            
            
              foram trazidos o martelo e os pregos, e ao serem estes cravados
            
            
              através da carne tenra e fixados na cruz, os quebrantados discípulos
            
            
              [222]
            
            
              levaram da cena cruel o corpo desfalecido da mãe de Jesus.
            
            
              Jesus não murmurou uma queixa; Seu rosto permaneceu calmo e
            
            
              sereno, mas grandes gotas de suor estavam em Sua fronte. Não houve
            
            
              nenhuma mão piedosa para enxugar o suor da morte de Sua face,
            
            
              e nem palavras de simpatia e inabalável fidelidade para confortar
            
            
              Seu coração humano. Ele estava pisando sozinho o lagar; de todas
            
            
              as pessoas ali não havia nenhuma com Ele. Enquanto os soldados
            
            
              executavam a terrível obra, e Ele sofria a mais aguda agonia, Jesus
            
            
              orava pelos Seus inimigos: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem
            
            
              o que fazem.”
            
            
              Lucas 23:34
            
            
              . Aquela oração de Cristo pelos Seus
            
            
              inimigos abrangia o mundo inteiro, envolvendo cada pecador que
            
            
              deveria viver até o fim dos tempos.
            
            
              Depois que Jesus foi pregado à cruz, esta foi erguida por al-
            
            
              guns vigorosos homens e lançada com grande violência no lugar
            
            
              preparado para ela, causando cruciante agonia ao Filho de Deus.
            
            
              Então uma terrível cena teve lugar. Sacerdotes, príncipes e escribas
            
            
              esqueceram a dignidade de seu sagrado ofício, e uniram-se com a
            
            
              turba em zombar e injuriar o agonizante Filho de Deus, dizendo:
            
            
              “Se Tu és o rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo.”
            
            
              Lucas 23:37
            
            
              .