202
            
            
              História da Redenção
            
            
              O segundo julgamento
            
            
              “Nisto, indo o capitão e os guardas, os trouxeram sem violên-
            
            
              cia, porque temiam ser apedrejados pelo povo. Trouxeram-nos,
            
            
              apresentando-os ao Sinédrio. E o sumo sacerdote interrogou-os,
            
            
              dizendo: Expressamente vos ordenamos que não ensinásseis nesse
            
            
              nome, contudo enchestes Jerusalém de vossa doutrina; e quereis
            
            
              lançar sobre nós o sangue deste homem.” Eles não estavam tão
            
            
              dispostos a levar a culpa pela morte de Jesus, como quando se asso-
            
            
              ciaram ao clamor da vil turba: “Seu sangue caia sobre nós e nossos
            
            
              filhos.”
            
            
              Pedro, com os demais apóstolos, tomou a mesma linha de defesa
            
            
              que tinha seguido em seu primeiro julgamento: “Então Pedro e os
            
            
              [257]
            
            
              demais apóstolos afirmaram: Antes importa obedecer a Deus do
            
            
              que aos homens.” Foi o anjo enviado por Deus que os libertou da
            
            
              prisão ordenando-lhes a ensinar no templo. Seguindo suas instru-
            
            
              ções eles estavam obedecendo ao divino comando, o que deveriam
            
            
              seguir fazendo com qualquer risco para si mesmos. Pedro continuou:
            
            
              “O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, a quem vós matas-
            
            
              tes, pendurando-O num madeiro. Deus, porém, com Sua destra, O
            
            
              exaltou a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependi-
            
            
              mento e a remissão de pecados. Ora, nós somos testemunhas destes
            
            
              fatos, e bem assim o Espírito Santo, que Deus outorgou aos que Lhe
            
            
              obedecem.”
            
            
              O Espírito da inspiração estava sobre os apóstolos, e os acusados
            
            
              se tornaram acusadores, lançando o assassínio de Cristo sobre os
            
            
              sacerdotes e príncipes que formavam o conselho. Os judeus ficaram
            
            
              tão irados que decidiram, sem qualquer outro julgamento e sem a
            
            
              autoridade dos oficiais romanos, tomar a lei em suas próprias mãos
            
            
              e matar os prisioneiros. Já culpados do sangue de Cristo, estavam
            
            
              agora ávidos de manchar as mãos com o sangue de Seus apóstolos.
            
            
              Mas estava ali um homem de saber e alta posição, cujo claro intelecto
            
            
              viu que este violento passo traria terríveis conseqüências. Deus
            
            
              suscitou um homem de seu próprio conselho para deter a violência
            
            
              dos sacerdotes e príncipes.
            
            
              Gamaliel, o sábio fariseu e doutor, um homem de grande repu-
            
            
              tação, era uma pessoas de extrema precaução, que antes de falar
            
            
              em favor dos prisioneiros, pediu que eles fossem removidos. Então