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              História da Redenção
            
            
              tar. Penetrou em regiões que eram inacessíveis, mesmo às águias
            
            
              romanas. Disse um cristão, contendendo com os governadores pa-
            
            
              gãos que estavam a impulsionar a perseguição: Podeis “matar-nos,
            
            
              torturar-nos; condenar-nos. ... Vossa injustiça é prova de que so-
            
            
              mos inocentes. ... Tampouco vossa crueldade ... vos aproveitará”.
            
            
              Isto não foi senão um convite mais forte para se trazerem outros à
            
            
              mesma persuasão. “Quanto mais somos ceifados por vós, tanto mais
            
            
              crescemos em número; o sangue dos cristãos é semente.”
            
            
              Milhares eram aprisionados e mortos, mas outros surgiam para
            
            
              ocupar as vagas. E os que eram martirizados por sua fé tornavam-
            
            
              se aquisição de Cristo, por Ele tidos na conta de vencedores. Eles
            
            
              combateram o bom combate, e devem receber a coroa de glória
            
            
              quando Cristo vier. Os sofrimentos que suportavam, levavam os
            
            
              cristãos mais perto uns dos outros e de Seu Redentor. Seu exemplo
            
            
              em vida e testemunho ao morrer eram constante atestado à verdade;
            
            
              e, onde menos se esperava, os súditos de Satanás estavam deixando
            
            
              o seu serviço e alistando-se sob a bandeira de Cristo.
            
            
              [322]
            
            
              Compromisso com o paganismo
            
            
              Satanás, portanto, formulou seus planos para guerrear com mais
            
            
              êxito contra o governo de Deus, hasteando sua bandeira na igreja
            
            
              cristã. Se os seguidores de Cristo pudessem ser enganados e levados
            
            
              a desagradar a Deus, falhariam então sua força, poder e firmeza, e
            
            
              eles cairiam como presa fácil.
            
            
              O grande adversário se esforçou então por obter pelo artifício
            
            
              aquilo que não lograra alcançar pela força. Cessou a perseguição, e
            
            
              em seu lugar foi posta a perigosa sedução da prosperidade temporal
            
            
              e honra mundana. Levavam-se idólatras a receber parte da fé cristã,
            
            
              enquanto rejeitavam outras verdades essenciais. Professavam aceitar
            
            
              a Jesus como o Filho de Deus e crer em Sua morte e ressurreição;
            
            
              mas não tinham a convicção do pecado e não sentiam necessidade
            
            
              de arrependimento ou de uma mudança de coração. Com algumas
            
            
              concessões de sua parte, propuseram que os cristãos fizessem outras
            
            
              também, para que todos pudessem unir-se sob a plataforma da crença
            
            
              em Cristo.
            
            
              A igreja, então, encontrava-se em terrível perigo. Prisão, tortura,
            
            
              fogo e espada eram bênçãos em comparação com isto. Alguns dos