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              História da Redenção
            
            
              parentes e amigos; e matarão alguns dentre vós. De todos sereis odi-
            
            
              ados por causa do Meu nome.”
            
            
              Lucas 21:16, 17
            
            
              . Desencadeou-se a
            
            
              perseguição sobre os fiéis com maior fúria do que nunca, e o mundo
            
            
              se tornou um vasto campo de batalha. Durante séculos a igreja de
            
            
              Cristo encontrou refúgio no isolamento e obscuridade. Assim diz o
            
            
              profeta: “A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus
            
            
              preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e
            
            
              sessenta dias.”
            
            
              Apocalipse 12:6
            
            
              .
            
            
              A idade escura
            
            
              O acesso da igreja de Roma ao poder assinalou o início da escura
            
            
              Idade Média. Aumentando o seu poderio, mais se adensavam as
            
            
              trevas. De Cristo, o verdadeiro fundamento, transferiu-se a fé para o
            
            
              papa de Roma. Em vez de confiar no Filho de Deus para o perdão dos
            
            
              pecados e para a salvação eterna, o povo olhava para o papa e para os
            
            
              sacerdotes e prelados a quem delegava autoridade. Ensinava-se-lhes
            
            
              ser o papa seu mediador, e que ninguém poderia aproximar-se de
            
            
              Deus senão por seu intermédio; e mais ainda, que ele ficava para eles
            
            
              em lugar de Deus e deveria, portanto, ser implicitamente obedecido.
            
            
              [332]
            
            
              Esquivar-se de suas disposições era motivo suficiente para se infligir
            
            
              a mais severa punição ao corpo e alma dos delinqüentes.
            
            
              Assim, a mente do povo desviava-se de Deus para homens falí-
            
            
              veis, que erram e são cruéis, e mais ainda, para o próprio príncipe das
            
            
              trevas que por meio deles exercia o seu poder. O pecado se disfarçava
            
            
              sob o manto da santidade. Quando as Escrituras são suprimidas e o
            
            
              homem vem a considerar-se supremo, só podemos esperar fraudes,
            
            
              enganos e aviltante iniqüidade. Com a elevação das leis e tradições
            
            
              humanas, tornou-se manifesta a corrupção que sempre resulta de se
            
            
              pôr de lado a lei de Deus.
            
            
              Dias de perigo
            
            
              Dias de perigo foram aqueles para a igreja de Cristo. Os fiéis
            
            
              porta-estandartes eram na verdade poucos. Posto que a verdade não
            
            
              fosse deixada sem testemunhas, parecia, por vezes, que o erro e a su-
            
            
              perstição prevaleceriam completamente, e a verdadeira religião seria
            
            
              banida da Terra. Perdeu-se de vista o evangelho, mas multiplicaram-