Progressos da reforma
            
            
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              Na Escócia, o evangelho encontrou um campeão na pessoa de
            
            
              João Knox. Este fiel e verdadeiro reformador não temia a face do
            
            
              homem. Os fogos do martírio, luzindo em redor dele, apenas serviam
            
            
              para despertar seu zelo em maior intensidade. Com o machado do
            
            
              carrasco pendente ameaçadoramente sobre a cabeça manteve-se em
            
            
              seu terreno, desfechando vigorosos golpes à direita e à esquerda,
            
            
              para demolir a idolatria. Assim, manteve seu propósito, orando e
            
            
              travando as batalhas do Senhor, até que a Escócia ficou livre.
            
            
              Na Inglaterra, Latimer sustentava do púlpito que a Bíblia deveria
            
            
              ser lida na língua do povo. O Autor da Escritura Sagrada, dizia ele, “é
            
            
              o próprio Deus”; e esta Escritura participa do poder e da eternidade
            
            
              de seu Autor. “Não há rei, imperador, magistrado, ou governador...
            
            
              que não tenha o dever de obedecer a... Sua santa Palavra.” “Não
            
            
              tomemos quaisquer atalhos, mas dirija-nos a Palavra de Deus: não
            
            
              andemos segundo nossos antepassados nem busquemos saber o que
            
            
              fizeram, mas sim o que deveriam ter feito.”
            
            
              Barnes e Frith, fiéis amigos de Tyndale, levantaram-se em defesa
            
            
              da verdade. Seguiram-se os Ridleys e Cranmer. Estes dirigentes
            
            
              da Reforma inglesa eram homens de saber, e a maioria deles tinha
            
            
              sido muito estimada pelo zelo e piedade na comunhão romana. Sua
            
            
              oposição ao papado resultou de seu conhecimento dos erros da
            
            
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              “Santa Sé”. Familiarizados com os mistérios de Babilônia, maior
            
            
              poder imprimiram a seus testemunhos contra ela.
            
            
              O grande princípio mantido por Tyndale, Frith, Latimer e os
            
            
              Ridleys, foi a divina autoridade e suficiência das Sagradas Escrituras.
            
            
              Rejeitaram a pretensa autoridade dos papas, concílios, padres e reis
            
            
              de governarem a consciência em matéria de fé religiosa. A Bíblia
            
            
              era sua norma, e para esta eles levavam todas as doutrinas e todos
            
            
              os reclamos. A fé em Deus e em Sua Palavra sustentava aqueles
            
            
              homens santos, ao renderem a vida no instrumento de tortura.
            
            
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