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              História da Redenção
            
            
              Teve as características que distinguem a obra de Deus em todas as
            
            
              épocas. Houve pouca arrebatadora alegria, porém mais profundo
            
            
              exame do coração, confissão de pecados e abandono do mundo. O
            
            
              preparo para encontrar o Senhor era a grave preocupação do espírito
            
            
              em agonia. Havia perseverante oração e consagração a Deus, sem
            
            
              reservas.
            
            
              O clamor da meia-noite não era tanto levado por argumentos, se
            
            
              bem que a prova das Escrituras fosse clara e concludente. Ia com
            
            
              ele um poder impulsor que movia a alma. Não havia discussão nem
            
            
              dúvidas. Por ocasião da entrada triunfal de Cristo em Jerusalém, o
            
            
              povo que de todas as partes do país se congregara a fim de solenizar
            
            
              a festa, foi em tropel ao Monte das Oliveiras, e, unindo-se à mul-
            
            
              tidão que acompanhavam a Jesus, deixou-se tomar pela inspiração
            
            
              do momento e ajudaram a avolumar a aclamação: “Bendito o que
            
            
              vem em nome do Senhor.”
            
            
              Mateus 21:9
            
            
              . De modo semelhante, os
            
            
              incrédulos que se congregavam nas reuniões adventistas — alguns
            
            
              por curiosidade, outros meramente com o fim de ridicularizar —
            
            
              sentiram o poder convincente que acompanhava a mensagem: “Eis
            
            
              o noivo!”
            
            
              [371]
            
            
              Naquele tempo houve fé que atraía resposta à oração — fé que
            
            
              se fixava na recompensa. Como aguaceiros sobre a terra sedenta, o
            
            
              Espírito de graça descia sobre os que ardorosamente O buscavam.
            
            
              Os que esperavam em breve estar face a face com seu Redentor,
            
            
              sentiram uma solene e inexprimível alegria. O poder enternecedor e
            
            
              subjugante do Espírito Santo sensibilizou-lhes o coração, enquanto
            
            
              onda após onda da glória de Deus se derramava sobre os crentes
            
            
              fiéis.
            
            
              Cuidadosa e solenemente os que recebiam a mensagem che-
            
            
              garam ao tempo em que esperavam encontrar-se com o Senhor.
            
            
              Sentiam como primeiro dever, cada manhã, obter a certeza de estar
            
            
              aceitos por Deus. Seus corações estavam intimamente unidos e eles
            
            
              oravam muito com os outros e uns pelos outros. Amiúde se reuniam
            
            
              em lugares isolados para ter comunhão com Deus, e dos campos
            
            
              e bosques vozes de intercessão ascendiam ao Céu. A certeza da
            
            
              aprovação do Salvador era-lhes mais necessária do que o alimento
            
            
              diário; e, se alguma nuvem lhes toldava o espírito, não descansavam
            
            
              enquanto a mesma não fosse dissipada. Sentindo o testemunho da