292
            
            
              História da Redenção
            
            
              Todavia, este desapontamento não foi tão grande como o que
            
            
              experimentaram os discípulos por ocasião do primeiro advento de
            
            
              Cristo. Quando Jesus cavalgou triunfalmente para Jerusalém, Seus
            
            
              seguidores criam estar Ele prestes a ascender ao trono de Davi
            
            
              e libertar Israel dos seus opressores. Cheios de esperança e gozo
            
            
              [373]
            
            
              antecipado, competiam uns com os outros em prestar honras a seu
            
            
              Rei. Muitos Lhe estendiam no caminho seus próprios mantos, à guisa
            
            
              de tapetes, ou, à Sua passagem, cobriam o solo com viçosos ramos de
            
            
              palmeira. Uniam-se, com entusiástica alegria, na aclamação festiva:
            
            
              “Hosana ao Filho de Davi!”
            
            
              Quando os fariseus, perturbados e enraivecidos por esta mani-
            
            
              festação de júbilo, quiseram que Jesus repreendesse os discípulos,
            
            
              Ele replicou: “Asseguro-vos que, se eles se calarem, as próprias
            
            
              pedras clamarão.”
            
            
              Lucas 19:40
            
            
              . A profecia devia ser cumprida. Os
            
            
              discípulos estavam executando o propósito de Deus; entretanto,
            
            
              amargo desapontamento os aguardava. Apenas decorridos alguns
            
            
              dias tiveram de testemunhar a morte atroz do Salvador, e depô-Lo
            
            
              na sepultura. As expectativas que nutriam não se haviam realizado
            
            
              em um único particular, e suas esperanças morreram com Jesus.
            
            
              Não puderam, antes de o Senhor triunfar do túmulo, perceber que
            
            
              tudo havia sido predito na profecia, e que era “necessário que o
            
            
              Cristo padecesse e ressurgisse dentre os mortos”.
            
            
              Atos dos Apósto-
            
            
              los 17:3
            
            
              . De igual maneira esta profecia se cumpriu na primeira e
            
            
              segunda mensagens angélicas. Elas foram dadas no seu tempo exato
            
            
              e cumpriram a obra, para a qual foram por Deus designadas.
            
            
              O mundo estivera a olhar, na expectativa de que, se o tempo
            
            
              passasse e Cristo não aparecesse, todo o sistema do adventismo seria
            
            
              abandonado. Mas, enquanto muitos, sob forte tentação, deixaram a
            
            
              fé, alguns houve que permaneceram firmes. Não podiam identificar
            
            
              erro algum em sua contagem dos períodos proféticos. Os mais
            
            
              hábeis de seus oponentes não conseguiram subverter-lhes a posição.
            
            
              Verdade é que houve erro quanto aos eventos esperados, mas mesmo
            
            
              isto não podia abalar-lhes a fé na Palavra de Deus.
            
            
              [374]
            
            
              Deus não abandonou Seu povo; Seu Espírito ainda permaneceu
            
            
              com os que não negaram temerariamente a luz que tinham recebido,
            
            
              nem acusaram o movimento adventista. O apóstolo Paulo, olhando
            
            
              através dos séculos, escreveu palavras de animação e advertência
            
            
              para os provados e expectantes nessa crise: “Não abandoneis, por-